A cantora sueca Lisa Ekdahl, que tem cantado pop, jazz, bossa nova e folk, regressa a Portugal, país onde tem sido sempre bem recebida, para dois concertos. Acompanhada por guitarra acústica, orgão Hammond, trompete, piano e percussões, a cantora apresenta Give Me That Slow Knowing Smile, o disco que lançou em Março passado. 2ªf, 30, na Aula Magna, às 21.30, e 3ªf, 1 de Dezembro, na Casa da Música, às 22h.
Em Lisboa, o Teatro Aberto recebe a Orquestra de Jorge Costa Pinto, baterista, compositor e participante na primeira jam session pública organizada por Luiz Villas-Boas no café Chave D'Ouro, em Lisboa, no final da década de 40. Nos últimos anos, o maestro Jorge Costa Pinto tem vindo a dirigir uma orquestra de jovens músicos de jazz que conta, no concerto de amanhã, com o trompetista Hugo Alves como solista convidado. O repertório irá beber aos clássicos do bebop, assinados por T. Monk, C. Parker ou Dizzy Gillespie. 3ªf, 1 de Dezembro, às 21.30.
Em véspera de feriado ouvimos discos lançados recentemente no mercado português, como a banda-sonora do filme Where The Wild Things Are/ O Sítio das Coisas Selvagens, de Spike Jonze, cuja estreia entre nós está marcada para Fevereiro de 2010. A banda-sonora vem assinada por Karen O and the Kids, ou seja, Karen O, vocalista dos Yeah Yeah Yeahs, em colaboração com músicos dos Dead Weather, Deerhunter e Queens of the Stone Age, entre outros.
Este domingo abrimos portas a várias novas edições da música francófona: Mister Joe, o primeiro disco de John Mamann, surge depois do enorme êxito de Assis Par Terre, que o cantor reggae assinou para Louisy Joseph em 2008.
Emmanuel Moire, o protagonista do musical Le Roi Soleil, dedicado ao rei Louis XIV, que estreou em 2005 com grande acolhimento do público, já nos tinha dado um primeiro disco em nome próprio, Là Où Je Pars (2006). L'Equilibre, lançado no Verão passado e que conhecemos esta tarde, é o segundo álbum do cantor.
Ao longo da hora voltamos a outras novidades recentes como Volume 10 de Marc Lavoine e Sortir de Gérard de Palmas.
Esta semana, Jamie Cullum faz o destaque das aberturas de hora da nossa emissão, com o seu novo álbum «The Pursuit». Aos 30 anos, o pianista, cantor e compositor arrisca mais um passo em frente na inovação e na marca de um estilo muito pessoal de estar no jazz, com um trabalho que não perde de vista os clássicos mas arrisca ainda mais em composições próprias ou até em jazzismos, como acontece com a releitura de “Don’t StopThe Music”, de Rihanna.
Pelas meias-horas, aproveitando o aguardado concerto de Carmen Souza no Lisboa Mistura 2009 (este Domingo, na sala principal do Teatro S. Luiz em Lisboa, às 19h30), faço uma retrospectiva de carreira da cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana, já em vésperas de editar o seu novo álbum. A cantora, que continua a ser um “segredo” demasiado bem guardado em Portugal, é dona de uma abordagem musical única, misturando o crioulo com o funk, a soul music e o jazz. Além de temas do álbum «Verdade», de 2008, terei o prazer e o privilégio de difundir, em estreia, alguns inéditos ao vivo.
Manifestantes pró-Israel em Berlim com cartaz apelando à libertação de Gilad Shalit (daqui)
Debate político avesso ao politicamente correcto... com um pé na blogosfera.
- Conselho Europeu – A União Europeia surpreendeu, escolhendo, para os cargos de presidente do Conselho Europeu e de Alto Representante para a política externa, dois desconhecidos e com pouca experiência. Os europeus ainda temem um poder central forte?
- Um contra mil – Israel já libertou dezenas de prisioneiros em troca de uma prova de vida do seu soldado Gilad Shalit. Agora faz depender a paz no Médio-Oriente da sua libertação. Israel não esquece os seus. Não será isto o que se chama de progresso civilizacional?
- Torre polémica – O projecto do arquitecto Troufa Real para a construção de uma igreja no Restelo está a gerar polémica por, alegadamente, “dar muito nas vistas”. Há limites à actividade criativa?
Esta semana, André Abrantes Amaral e Antonieta Lopes da Costa em debate com Esther Mucznik, cronista do jornal Público.
Este fim-de-semana ficamos a conhecer os comentários- via telefone ou blogue- de todos sobre as redes sociais e a forma como alteraram, ou não, as relações entre as pessoas.
Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa
6ªf, 27 de Novembro- 10.35/ 19.35
Domingo, 29 de Novembro- 18.35
Para os próximos dias já temos novo tema de discussão, proposto por Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Metro. Os comentários podem ser feitos também através do 21.351.05.90 até às 16h da próxima 5ªf.
Pais divorciados e filhos
O mundo está cheio de histórias de casais que não se amam, não se entendem e têm filhos. Um dia divorciam-se e declaram guerra um ao outro. As crianças? Passam a viver um problema que não é delas e, a partir desse dia, a sua infância acabou. São, em muitos casos, instigadas a odiar o progenitor, que, segundo a mãe, os abandonou ou a revoltar-se contra a progenitora, que, segundo o pai, nunca quis saber deles para nada. A reportagem de Miriam Alves e Fernando Faria, intitulada «Filhos de pais em guerra», transmitida pela SIC, mostrou os efeitos assoladores de dois destes conflitos. Os filhos são usados nas batalhas parentais, nem sequer como pessoas preciosas para as vidas dos pais, mas como uma maneira de tentar estragar a vida do próximo. Num caso, era o pai que sofria; no outro, era a mãe que tinha sido expulsa da vida dos filhos. Tipicamente, as crianças foram massacradas com acusações sobre o pai ou a mãe ausentes de cena. O «superior interesse da criança» é depressa esquecido para dar lugar ao alegadamente gravíssimo problema do pai, que entretanto aliena a mãe da vida dos filhos e vice-versa. A paz das crianças não é tida em conta, embora seja com frequência um motivo referido por cada um como sendo o mais importante de todos. Esta é também uma guerra hipócrita, em que os filhos pouco ou nada contam a não ser como um meio para estragar a vida do próximo. Parece haver um aspecto nos litígios por causa da guarda dos filhos que fala mais alto e que não é resolvido por nenhuma mediação externa. Falo do egoísmo profundo dos adultos que manipulam as crianças, contam mentiras a respeito daquele que não está presente e causam sofrimento em quem é inocente. Alguns filhos sobrevivem melhor que outros: uns são capazes de recuperar ligações que julgavam perdidas, mas outros nunca mais voltam a ver os pais ou as mães que saíram da sua vida. Porque é que há pais que não poupam os filhos nos processos de divórcio? Como podem os tribunais ser mais eficazes nestas situações?
Entre as notícias da semana, destaque para a publicidade no Twitter, que está a chegar, e para o caso de uma mulher canadiana que perdeu o seguro de saúde por causa do Facebook.
Lula da Silva (imagens Wikipédia) Mahmoud Ahmadinejad
Na semana em que o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, visita o Brasil, a Bolívia e a Venezuela, países que apoiam o programa nuclear iraniano alvo de sanções económicas das Nações Unidas, Nuno Wahnon Martins, advogado e consultor político em Bruxelas, analisa as consequências de um Irão nuclear.
Entre o samba, a bossa nova, o tropicalismo e o jazz, o percurso de João Bosco é múltiplo e marcado por colaborações notáveis com Vinícius de Moraes, Chico Buarque e muito particularmente com Aldir Blanc. Algumas das canções de Bosco fazem já parte da história da mpb e da memória colectiva dos brasileiros: Bala com Bala, Dois pra Lá, Dois pra Cá, O Bêbadoe a Equilibrista ou O Ronco da Cuíca (no vídeo acima). Aos 62 anos, o cantor, compositor e violonista brasileiro retomou a parceria com Aldir Blanc, inspirou-se em Wayne Shorter e Milton Nascimento, e lançou o disco Não Vou Pro Céu, que esta noite poderemos ouvir na Aula Magna, Lisboa, a partir das 21h.
João Lencastre
Esta noite, também, vamos ficar a conhecer o New Trio do baterista João Lencastre, que temos visto ao vivo com David Binney, Mário Franco, André Matos, Carlos Barretto e André Fernandes- para além do colectivo Communion, com o qual gravou os discos One! e B- Sides. Esta 5ªf, o baterista toca com o guitarrista Nuno Costa e com o saxofonista Zé Maria na LX Factory, Alcântara, a partir das 23h.
Enquanto no Hot Clube as próximas 3 noites pertencem ao trio de Carlos Barretto, a Malaposta recebe o 4teto de Gonçalo Prazeres, saxofonista alto, com Óscar Graça (piano), Miguel Amado (baixo eléctrico) e Rui Pereira (bateria). Prazeres estudou com Tony Malaby, Steve Lehman e George Garzone, e apresenta agora as suas composições originais. 6ªf, 27, no Centro Cultural da Malaposta, às 22h. (O vídeo acima foi filmado no Hot Clube, em 2007, num concerto do colectivo Zurugudu, que integra Gonçalo Prazeres).
White Works, o novíssimo disco do pianista João Paulo Esteves da Silva, sobre repertório do contrabaixista Carlos Bica, está no centro do concerto dos dois músicos, numa iniciativa do Portugal Jazz, esta 6ªf, 27, no Auditório Ruy de Carvalho, em Oeiras, a partir das 21.30.
João Paulo e Carlos Bica
A Fábrica Braço de Prata tem uma agenda cheia de jazz, com um 4teto formado por MárioOliveira (piano), César Oliveira (saxofone), Francisco Brito (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria), esta 5ªf, 26, às 23h. Amanhã, a noite de jazz fica por conta do pianista Júlio Resende, que convida o saxofonista Carlos Martins, o contrabaixista João Custódio e o baterista Bruno Pedroso. 6ªf, 27, às 22.30.
Por fim, na agenda do final de semana, assinalamos o concerto de Susana Travassos, cantora natural do Algarve, para apresentação do seu segundo disco, Mar Inteiro, com o pianista brasileiro Luís Felipe Gama. 6ªf, 27, no Onda Jazz, em Alfama.
Numa parceria com o Instituto de Democracia Portuguesa, Frederico Brotas e MendoHenriques conversam sobre o que as manchetes e as aberturas de noticiários revelam e ocultam.
Justiça, corrupção, liberdade e asfixia de expressão ocupam as primeiras páginas. Mas estaremos a concentrarmo-nos nos temas essenciais? Estaremos a identificar as frentes de acção onde temos que prestar contas? Na década de 80 éramos a Califórnia da Europa. E agora, é melhor ser pessimista ou optimista?
Enquanto o conhecimento que Portugal tem de si próprio não for o problema nº1, continuaremos a falar de temas secundários e de sintomas de falta de visão. Entrámos num ciclo de governo minoritário mas, paradoxalmente, o debate esfumou-se: o programa de governo foi aprovado e o orçamento prepara-se para o ser. Nesta Europa de líderes "sem cara", que julga ter afastado o federalismo, quem vem "dar a cara" por um milagre que é conhecermo-nos a nós próprios?