Rádio Blog: o caso Esmeralda
Esta semana queremos ouvir ou ler as suas opiniões acerca do caso Esmeralda.
Carla Hilário Quevedo deixa-nos aqui o seu texto em parceria com o jornal Meia Hora:
O caso Esmeralda
Quando Aidida Porto entregou a sua flha de três meses aos cuidados de Luís Gomes e Adelina Lagarto, fê-lo porque não tinha condições para a criar e porque o pai não assumira as suas funções. Que mulher, no lugar desta mãe, não faria o mesmo? Esmeralda Porto tem, assim, duas mães, uma biológica, Aidida Porto; e uma afectiva, Adelina Lagarto. A criança tem ainda dois pais: Baltazar Nunes, o pai biológico; e Luís Gomes, o pai afectivo. Biologia e afectividade nem sempre andam de mãos dadas, é certo. Aceitemos, por isso, o novo vocabulário. São, infelizmente, muitos os casos de pais biológicos incapazes de sentir afecto pelos filhos. Esmeralda, pelo contrário, tem sido muito pretendida por todos. Sou capaz de ser a única pessoa no País assustada com este caso de "overdose" afectiva, embora também por causa da demora em resolver o destino de quem não parece tido nem achado no processo: a criança. Após mais um adiamento de entrega ao pai biológico, os quatro intervenientes no processo serão ouvidos no dia 12 de Maio a propósito dos pedidos de regulação do poder paternal feitos pela mãe biológica e pelo casal afectivo. Se a decisão for a favor dos pais afectivos será uma sentença ilegal? É correcto dar uma oportunidade ao pai biológico? O que é melhor para a Esmeralda?
Dê-nos a sua opinião mais abaixo ou através do 21. 351. 05. 90.
Na próxima 6ªf ouvimos todos os comentários.