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Queremos ouvir a sua opinião sobre a crise financeira, esta semana, mais abaixo ou através do 21.351.05. 90. O texto de Carla Hilário Quevedo é publicado aqui em parceria com o jornal Meia Hora. Deixe o seu comentário até às 17h da próxima 5ªf., 23 de Outubro.

Crise financeira

Ora, produtos financeiros tóxicos, "subprime", falência de Wall Street, falta de liquidez, plano Paulson, intervenção do Estado na banca, bolhas especulativas. Eis alguns dos termos obscuros com que nos temos deparado nos últimos tempos. Sobre a crise financeira sei tanto como toda a gente. Ou seja, nada. Talvez tenha uma vaga ideia de que o dinheiro está mais caro porque há um problema de grande falta de dinheiro, precisamente, e que tal acontece por causa de uns incompreensíveis produtos financeiros tóxicos; uma grandessíssima aldrabice que imagino como uma mega-operação de venda da Ponte sobre o Tejo em todo o mundo e a milhões de pessoas ao mesmo tempo. Agora que acabaram de vender o que não existia entrámos numa era de desconfiança inter-bancária, o que faz com que os bancos não emprestem nem cinco cêntimos furados. Deparamo-nos assim com a tal falta de liquidez e a necessidade de o Estado injectar dinheiro nos bancos. O Estado? Não seria melhor chamar a Polícia? Até agora não houve ninguém que tenha explicado claramente e de forma simples o que se passa. Numa época de incerteza, que medidas devemos tomar para nos defendermos da crise no dia-a-dia? O consumo de gasolina entretanto baixou 6, 4%. Em que podemos poupar? De que coisas podemos prescindir?