Rádio Blog: Extrema-direita na UE
Geert Wilders, Holanda Nick Griffin, Inglaterra
Susan Boyle, a inglesa que participou num concurso televisivo de talentos, é tema do programa de amanhã, com tempo para ouvirmos as opiniões de todos.
Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa
6ªf, 12 de Junho- 10.35
Domingo, 14 de Junho, 18.35
Nos próximos dias, e no rescaldo das eleições para o Parlamento Europeu, debatemos a extrema-direita na União Europeia. O texto, publicado aqui em parceria com o jornal Meia Hora, é de Carla Hilário Quevedo. Os comentários podem ser feitos, também, através do 21.351.05.90.
Extrema-direita na UE
A extrema-esquerda em Portugal elegeu três deputados para o Parlamento Europeu. Em Inglaterra, o partido da extrema-direita, o BNP (British National Party), elegeu dois deputados e reuniu cerca de um milhão de votos. Jean Marie Le Pen, o negacionista vitalício do partido ultra-nacionalista francês, foi eleito outra vez. Um pouco pela Europa, a extrema-direita ganhou votos. Não esqueçamos, no entanto, que os ganhou em eleições livres. Por muito que não se respeite estes vencedores – que não merecem respeito – há que aceitar a decisão. Uma parte do eleitorado em Portugal apoia o moralismo censório de esquerda e outra parte em Inglaterra e noutros países, vê com agrado uma direita xenófoba. Tudo isto é perigoso, mas paradoxalmente necessário à democracia. Numa democracia em que se respeitam eleições e a liberdade de expressão é um valor que merece ser defendido há espaço para tudo. E esse espaço não é nem regrado, nem moderado, nem limpo. Após as eleições europeias, à entrada do Parlamento inglês, o líder do BNP foi agredido por uma multidão em fúria. Os primeiros sinais de protesto já se fazem sentir. Quais são os meios mais eficazes para combater a extrema-direita? A extrema-esquerda em Portugal tem um óptimo marketing? Como interpreta estes resultados das eleições europeias?