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17
Jun10

Rádio Blogue: A maré negra e o 11 de Setembro

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Fotografias de Charlie Riedel e Nasa (daqui)

 

De regresso após uma semana de férias, o Rádio Blogue traz à discussão o desastre ambiental causado pela explosão de uma plataforma da BP no passado mês de Abril. O texto, com assinatura de Carla Hilário Quevedo, é publicado aqui em parceria com o jornal Metro. Dê-nos a sua opinião até 5ªf, às 16h. Se preferir, pode fazê-lo através do 21.351.05.90.

 

A maré negra e o 11 de Setembro

A explosão de uma plataforma «offshore» da British Petroleum (BP) a 20 de Abril deu origem àquele que é já considerado o maior desastre ambiental nos Estados Unidos. Vários cientistas estimam que cerca de quinze milhões de litros de crude – entre 70 mil e 100 mil barris – inundam o golfo do México todos os dias. A estimativa da BP é bem diferente e aponta para oitocentos mil litros de crude, que equivalem a cinco mil barris diários. O «impacto psicológico» da catástrofe é comparável ao do 11 de Setembro. Quem o afirma é Barack Obama. Apesar de ter sido claro nas suas declarações, os títulos dos jornais omitiam o ponto importante das suas palavras. «Obama compara maré negra a 11 de Setembro» é chamativo, mas não corresponde inteiramente à verdade. Na sua quarta visita às áreas afectadas pela maré negra, o Presidente dos Estados Unidos afirmou o seguinte: «Tal como as nossas vulnerabilidades e a política externa foram moldadas pelo 11 de Setembro, também este desastre irá alterar a maneira como pensamos o ambiente e a energia». Obama referia-se aos efeitos do desastre ecológico e ao modo como a política das energias renováveis terá de ser desenvolvida. Pouco tempo antes, Obama manifestara a sua fúria por a BP não ter sido capaz de controlar a fuga de crude. As suas palavras contra a empresa foram tão duras que quase criaram um incidente diplomático com o Reino Unido. Pela mera observação da capacidade oratória e da força e sensibilidade que Obama apresenta em todos os seus discursos, sem excepção, dir-se-ia que mencionar um atentado terrorista num caso de um acidente é um enorme risco. Mesmo quando se pretende chamar a atenção para as mudanças provocadas por ambos. A gravidade da situação no golfo do México não decorre de um acto deliberado de destruição, mesmo que a incapacidade de tapar a fuga pareça negligente. Um acidente pode ser criminoso, mas um atentado terrorista nunca pode ser um acidente. Estamos perante um caso em que a retórica serve para obrigar uma empresa a pagar todos os custos resultantes do acidente? Num acidente, há sempre um responsável? Será mesmo o início de uma nova era para as políticas energéticas?

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