(Imagem daqui)

Em final de semana conferimos os que pensam os ouvintes sobre a delinquência e a recuperação social, a propósito do caso de James Bulger.

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 2 de Julho- 10.35

Domingo, 4 de Julho- 18.35

Entretanto temos novo tema para os próximos dias. O texto publicado aqui em parceria com o jornal Metro é, como sempre, assinado por Carla Hilário Quevedo. Dê-nos a sua opinião mais abaixo ou através do 21.351.05.90, até às 16h da proxima 5ªf.

Os blogues estão a morrer?

Um artigo na revista The Economist chama a atenção para um fenómeno generalizado em quase todo o mundo: o desaparecimento gradual dos blogues. Há sinais de que o crescimento dos blogues diminuiu em muitas partes do globo, chegando à estagnação em alguns países. A explicação para o desinteresse está no crescimento das redes sociais, como o Facebook e o Twitter, cujo tráfego, no ano passado, aumentou 66 por cento e 47 por cento, respectivamente. Os sites de alojamento de blogues habitualmente mais procurados, como o Blogger e o Wordpress, são os que se encontram agora mais abandonados, de acordo com dados divulgados pela Nielsen, uma empresa de estudos de marketing. Os problemas recentes com as falhas de privacidade no Facebook e o limite de caracteres do Twitter não são motivos suficientemente dissuasores para a sua utilização. A possibilidade simples e rápida de manter um diário online, publicar fotografias e entrar em contacto com amigos, familiares e desconhecidos através do Facebook continua a ser atractiva. O Twitter funciona também como um chat mais ou menos público, e é útil quando se pretende pôr a circular uma informação. Mesmo blogues actualizados muitas vezes por dia e com caixas de comentários activas têm dificuldade em competir com redes que são autênticas comunidades globais. Os blogues são páginas de pessoas que às vezes não querem conversar com ninguém. No Facebook será muito mais difícil manter este isolamento no meio de toda a gente. No Twitter, há sempre alguém a comentar ou a retwittar o que se diz. O abandono dos blogues é por isso, no meu entender, um abandono de uma maneira de comunicar. As redes sociais aparecem num contexto em que as pessoas sentem falta de se ligar de alguma maneira umas às outras. Esta necessidade pode ser profissional ou pessoal, mas é a possibilidade de ligação entre as pessoas e a subsequente criação de comunidades que mais interessa aos utilizadores. Os blogues não oferecem as mesmas possibilidades. Os blogues vão desaparecer? Haverá de futuro uma tendência para a especialização tanto nas páginas pessoais como nas redes sociais?