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jazza-me muito...

O JAZZ SUBIU-NOS À CABEÇA!

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04
Mar11

Rádio Blogue: John Galliano

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John Galliano e Françoise Dior, sobrinha de Christian Dior (ao centro na fotografia), casada, em 1963, com Colin Jordan, figura principal do movimento neonazi britânico no pós-guerra.

 

Este fim-de-semana revemos as opiniões sobre a inseminação post mortem...

 

com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 4 de Março- 11.35/ 17.40

Domingo, 6 de Março- 18.35

 

Nos próximos dias queremos saber o que pensa sobre o caso John Galliano, despedido pela Dior. A carreira de John Galliano acabou? O que pensa da «tolerância zero» da Dior a comentários racistas? Deixe a sua opinião, se preferir, através do 21. 351 05 90, até às 15h da próxima 5ªf. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

John Galliano

Tudo começou quando o estilista principal da Casa Dior foi detido pela Polícia num bar no Marais, em Paris, por ter insultado um casal que ali se encontrava. John Galliano, bêbado e descontrolado, proferiu barbaridades anti-semitas, que o casal filmou com o telemóvel. Antes mesmo de o vídeo estar disponível em todo o lado, o presidente da Dior suspendia o estilista, por ser política da casa a «tolerância zero» a comentários racistas. Dias mais tarde, a suspensão passaria a despedimento e do despedimento viria um pedido de desculpa do costureiro pelas palavras ditas. Galliano passou de estilista talentoso, original, brilhante, a adorador de Hitler e instigador de ódio semita. O que é que lhe deu? Natalie Portman disse estar revoltada com o comportamento de Galliano e afirmou que não se adequava a um mundo que vive da beleza. Karl Lagerfeld disse estar furioso com o comportamento do estilista. Certo é que, ultimamente, o mundo da moda tem mostrado aspectos bem feios. Jovens modelos a morrer de anorexia, crianças usadas em campanhas publicitárias para adultos, assassinos de um lado para o outro na passarela e costureiros anti-semitas. Afinal, o mundo da moda não parece ser diferente do mais comum dos mundos. Só veste, maquilha e penteia com sofisticação. É, no entanto, decepcionante que a beleza dos vestidos não esteja de acordo com a conduta de quem os cria ou apresenta. E a decepção não vende. As afirmações de Galliano são inaceitáveis por incitarem ao ódio e também por serem contrárias a um negócio que vive de imagens de perfeição. A carreira de John Galliano acabou? O que pensa da «tolerância zero» da Dior a comentários racistas?

25
Fev11

Rádio Blog: Inseminação post mortem

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Este fim-de-semana revemos as opiniões sobre Bullying homofóbico...

O próximo tema é a inseminação post mortem

 

A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro. Dê-nos a sua opinião até às 16h da próxima 5ªf.

com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 25 de Fevereiro- 11.35/ 17.40

Domingo, 27 de Fevereiro- 18.35

 

Inseminação post mortem

 

Um casal de namorados com problemas de infertilidade viu interrompido o processo de reprodução medicamente assistida por um motivo trágico. O companheiro morreu num acidente antes de estar concluído o procedimento que levaria à formação dos embriões. Apesar da situação, a mulher informou a clínica das suas intenções de continuar com o tratamento. A clínica pediu um parecer ao Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, que não autorizou o pedido. O argumento apresentado para esta mulher não poder engravidar do seu companheiro falecido foi o seguinte: não sendo o casal legalmente casado, os herdeiros passam a ser os seus pais e não a namorada. A lei protege sobretudo a herança. A possibilidade de a namorada herdar o sémen congelado do namorado desaparecido requeria a oficialização do relacionamento ou um consentimento por escrito das intenções do que seria o pai da criança. Não havendo casamento nem consentimento por escrito, os herdeiros do companheiro são os seus pais, que não autorizam a inseminação. O tema é complexo e vai muito além dos seus aspectos legais. Voltemos ao início. Um casal de namorados foi a uma clínica fazer um tratamento de infertilidade. Apesar de não conhecermos nenhum pormenor do caso, é fácil concluir que ter um filho era a vontade de ambos. A morte de um dos membros do casal num momento não inicial do processo não teria sido um impedimento da eventual gravidez, se fossem casados um com o outro, ou se existisse um papel assinado por ele a dizer que os espermatozóides lhe pertenciam a ela, e não aos seus pais. A lei precisa de ser revista? Que argumentos encontra para esta mulher não poder ter um filho nestas circunstâncias?

18
Fev11

Rádio Blogue: bullying homofóbico

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Este fim-de-semana revemos as opiniões sobre o uso do Facebook por crianças...

 

com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 18 de Fevereiro- 11.35/ 17.40

Domingo, 20 de Fevereiro- 18.35

 

O novo tema de debate é a campanha publicitária da Rede Ex Aequo sobre o bullying a alunos homossexuais. Perdeu-se uma boa oportunidade de fazer uma campanha generalizada contra o bullying na escola? Estas campanhas são úteis? A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro. Dê-nos a sua opinião até às 16h da próxima 5ªf.

 

Bullying homofóbico

Cartazes e folhetos de uma campanha contra a discriminação de jovens gays e lésbicas não foram aprovados por dois serviços do Ministério de Educação. A campanha publicitária que pretende chamar a atenção para o bullying nas escolas a alunos homossexuais é da responsabilidade da Rede Ex-Aequo, uma associação de jovens que promove os direitos dos homossexuais e transexuais, e foi financiada pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. O motivo apontado parece ser de cariz burocrático, além de ideológico, segundo avança o Público. Segundo a notícia no jornal, faltou um pedido de autorização formal para a afixação dos materiais da campanha. Além do mais, em reuniões com a Ex-Aequo, representantes do Ministério da Educação alegaram a sua neutralidade «em assuntos que possam ser considerados ideológicos». E em que consistem estes cartazes? Num deles vemos três raparigas parecidas numa sala de aula e a frase: «Ela é lésbica e estamos bem com isso». No outro vemos três rapazes parecidos, no mesmo contexto de sala de aula, e a frase «Ele é gay e estamos bem com isso». A primeira surpresa é a construção da frase decalcada do inglês: «And we’re okay with that». Não custava ter escrito uma frase em português, que até podia ser insolente: «Ele é gay e ninguém tem nada a ver com isso». A segunda surpresa tem que ver com o número de pessoas nos cartazes: três raparigas num e três no outro. Porquê três e não mais? Significa isto que um terço da população juvenil portuguesa é homossexual? A terceira surpresa tem que ver com a própria necessidade desta campanha tão específica. Perdeu-se uma boa oportunidade de fazer uma campanha generalizada contra o bullying na escola? Estas campanhas são úteis?

10
Fev11

Rádio Blogue: crianças e Facebook

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(Ilustrações daqui)

 

Em final de semana recuperamos os comentários à popularidade e mudança de ideias políticas de Carla Bruni-Sarkozy.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 11 de Fevereiro- 11.35/ 17.40

Domingo, 13 de Fevereiro- 18.35

 

Esta semana assinalou-se o Dia da Internet Segura com uma série de acções destinadas a alertar para o uso da Internet por crianças. Como se resolve o problema da privacidade online? As crianças devem ter Facebook? Há uma idade mínima para participar numa rede social? Deixe a sua opinião, se preferir, através do 21. 351. 05. 90 até às 16h da próxima 5ªf. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

Crianças e Facebook

Numa entrevista ao Today Show, Michelle Obama afirmou que não é fã da participação de crianças no Facebook. As duas filhas, Sasha de nove anos, e Malia, de 12, não estão autorizadas a ter contas no Facebook, não apenas por motivos de segurança, mas também porque a mãe não aprova a sua participação nesta rede social. Michelle Obama afirmou que as crianças vivem bem sem Facebook. As suas declarações tiveram eco na imprensa um pouco por todo o mundo, confirmando assim a importância desta rede social, actualmente com mais de quinhentos milhões de utilizadores activos. Já Barack Obama recomendara cautela na participação de crianças no Facebook. Pouco depois de ser eleito, Obama avisou os alunos de uma escola na Virgínia para pensarem duas vezes antes de publicarem qualquer informação privada na Internet, porque as consequências podiam não ser muito agradáveis. O Presidente norte-americano alertava para os perigos da utilização abusiva de informações divulgadas no Facebook, nomeadamente por empregadores. No meu entender, os motivos para preocupação são justificados pela dificuldade em apagar as contas na rede social e pelo controlo cerrado do próprio Facebook ao que é publicado. Recentemente, esta rede social desactivou o perfil de uma utilizadora que publicara uma fotografia sua a amamentar. A atitude originou uma onda de protestos da comunidade online, que exigiu a reactivação da conta de Leslie Power Labbe. Os protestos foram ouvidos e a conta reposta. Tudo isto deve ser motivo de inquietação, pois significa que o Facebook tem um controlo absoluto sobre tudo o que é publicado na rede social. Como se resolve o problema da privacidade online? As crianças devem ter Facebook? Há uma idade mínima para participar numa rede social?

04
Fev11

Rádio Blogue: Carla Bruni-Sarkozy

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(Foto Gareth Cattermole/Getty Images Europe, daqui)

 

Em final de semana revemos as opiniões de todos sobre os nomes próprios autorizados em Portugal.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 4 de Fevereiro- 11.35/ 17.40

Domingo, 6 de Fevereiro- 18.35

 

Carla Bruni-Sarkozy é hoje mais popular em França do que antes do casamento com o presidente francês, em Fevereiro de 2008. Apesar de ter mudado algumas das suas crenças políticas. Carla Bruni está a ser sincera? Dê-nos a sua opinião, se preferir, através do 21. 351. 05. 90 até às 16h da próxima 5ªf. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

Carla Bruni-Sarkozy

Três anos depois do casamento com Nicolas Sarkozy, a popularidade de Carla Bruni aumentou. Numa sondagem publicada pelo jornal France Soir, sessenta e seis por cento de 957 pessoas entrevistadas dizem estar satisfeitas com a primeira-dama francesa. A satisfação aumenta no eleitorado de direita – cerca de 76 por cento – e diminui entre os eleitores de esquerda – apenas 57 por cento. Sessenta e oito por cento dos inquiridos consideram positiva a influência de Carla Bruni sobre o marido. Os números revelados merecem reflexão. O povo francês parece estar rendido à ex-top model e cantora, que admitiu recentemente numa entrevista ao jornal Le Parisien ter mudado de ideias quanto à esquerda «bobo», ou «bourgeois-bohème», a que pertencia quando votava em Itália, e declarou que já «não se sentia de esquerda». Encontramos exemplos desta mudança de ideias em pelo menos dois temas sobre os quais tomou uma posição pública. Quando o ministro da cultura, Frédéric Mitterrand, confesssou num livro ter pago para ter sexo com rapazes na Tailândia, a esquerda francesa exigiu a sua demissão. Carla Bruni-Sarkozy defendeu Mitterrand e acusou a esquerda de «hipocrisia» e «moralismo». Recentemente, a lei que proíbe do uso da burka em locais públicos mereceu o seu aplauso. A mulher do Presidente francês recebeu ameaças de morte por causa da sua opinião pública sobre o tema. Foram atitudes como estas que lhe valeram a simpatia popular. Serem posições que revelam uma mudança de ideias face a um passado politicamente oposto não foi, aparentemente, penalizado pelo povo francês. A mudança não só é aceite como credível, como é premiada na sondagem. Carla Bruni está a ser sincera? Ou assim qualquer pessoa?

28
Jan11

Rádio Blogue: nomes próprios

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Este final de semana revemos as opiniões de todos sobre a campanha para as eleições presidenciais...

 

Com Carla Hilário Quevedo e Filipa Paramés

6ªf, 28 de Janeiro- 10.35/ 19.35

Domingo, 30 de Janeiro- 18.35

 

Ao longo dos próximos dias queremos saber o que pensa sobre nomes próprios. Compreende os critérios para a admissão de vocábulos como nomes próprios? Até que ponto devem ser permitidos nomes inventados que desafiam a compreensão e a ortografia? Deixe a sua opinião através do 21.351.05.90, se preferir, até às 15h da próxima 5ªf. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

Nomes próprios

A decisão de dar a uma filha o nome Lyonce Viiktórya foi recebida pelo país com estupefacção. Luciana Abreu e Yannick Djaló, os pais da inocente, explicaram num comunicado que Lyonce resultava da «fusão entre Luciana e Yannick» e que Viiktórya representava um grito de revolta contra a maldade no mundo, etc. Uma fonte do Ministério da Justiça disse ao Correio da Manhã que «os nomes próprios estrangeiros são permitidos se algum dos progenitores do registando for estrangeiro ou tiver outra nacionalidade além da portuguesa». Sabemos que Djaló é natural da Guiné-Bissau. Mas Lyonce Viiktórya não é um nome estrangeiro. É só inventado. Recomendo, a propósito, uma consulta à lista de vocábulos admitidos e não admitidos como nomes próprios do Instituto dos Registos e do Notariado. Aí temos os nomes que foram motivo de consulta e despacho até Setembro do ano passado. Houve, por exemplo, quem tivesse consultado o Registo Civil sobre o nome Adonai para um filho. O nome foi aprovado. No entanto, Deus só é permitido como segundo nome, precedido da partícula «de». Já Deusa, Deusa Bela ou o vocábulo único Deusabela estão, graças ao Estado, fora de questão. Quase todos os nomes próprios que começam pela letra «k» foram recusados. E talvez por estar escrito com zê, Elizabete não foi aprovado. Joana do Mar, Laura do Mar e Maria do Mar são permitidos. Mas Maria Sol, não. Musa não. Ninfa, sim. Teresinha, sim. Rosinha, não. Salazar, sim. Fidel, não. Compreende os critérios para a admissão de vocábulos como nomes próprios? Até que ponto devem ser permitidos nomes inventados que desafiam a compreensão e a ortografia?

20
Jan11

Rádio Blogue: linguagem e presidenciais

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Em final de semana revemos as opiniões sobre homofobia e liberdade de expressão...

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 21 de Janeiro- 10.35/ 19.35

Domingo, 23 de Janeiro- 18.35

 

Nos próximos dias queremos saber o que pensa da forma com os candidatos às eleições presidenciais se expressaram durante a campanha. Como viu a campanha? Pode deixar o seu comentário, se preferir, através do 21. 351. 05. 90 em mensagem gravada. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

Linguagem e presidenciais

A campanha para as presidenciais terminou com a frase surpreendente de Fernando Nobre num comício em Coimbra: «Só é possível demoverem-me da minha intenção de uma maneira, e nessa altura ousem fazê-lo, e vocês verão o que o povo português fará: dêem-me um tiro na cabeça, porque sem um tiro na cabeça eu vou para Belém». Num momento de fado, tango e falta de jeito, o candidato parece ter esquecido que não basta não levar um tiro para ir para Belém: é preciso ganhar as eleições. É apenas a falta de vontade dos portugueses que impedirá Fernando Nobre de ser Presidente da República. No dia a seguir à declaração insólita, o candidato veio dizer que recebera telefonemas anónimos a ameaçá-lo, o que me obrigou a tentar perceber em que medida constituía uma ameaça e para quem. À falta de conclusões dignas, é melhor imaginar que Nobre terá tentado usar a carta forte da hipérbole, mas que o pouco talento para as figuras de retórica o atraiçoou. A «linguagem bélica» aplicada ao discurso político não foi, no entanto, exclusiva deste candidato. Defensor Moura declarou «guerra à corrupção», atitude tão nobre quanto oca. Cavaco Silva misturou imagem gastronómica com cenário de devastação e disse ter «pouco apetite» para usar a «bomba atómica» da dissolução da Assembleia, o que me fez respirar de alívio, porque a bomba atómica é má. José Manuel Coelho, o «coelhinho lindo», deputado regional madeirense da Nova Democracia, preferiu a metáfora doméstica e apelou à necessidade de dar uma «vassourada na Justiça». Francisco Lopes optou pela imagem aquática e alertou para o «afundamento do país». Já o caçador-poeta Manuel Alegre queixou-se de que «a democracia está muito amputada», o que torna tudo «muito» definitivo. Como viu a campanha para as presidenciais?

13
Jan11

Rádio Blogue: homofobia e liberdade de expressão

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(Imagens daqui e daqui)

 

Em final de semana revemos as opiniões sobre as poupanças dos portugueses...

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 14 de Janeiro- 10.35/ 19.35

Domingo, 16 de Janeiro- 18.35

 

Nos próximos dias queremos saber o que pensa sobre os comentários que se têm lido, na internet, a propósito da morte de Carlos Castro. Portugal é um país de homofóbicos? A liberdade de expressão tem limites? Se preferir, pode deixar-nos a sua opinião, em mensagem gravada, através do 21. 351. 05.90 até às 16h da próxima 5ªf. A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro.

 

Homofobia e liberdade de expressão

A história do caso que chocou o país nos últimos dias não demora a contar: um homem foi assassinado por outro num contexto de violência doméstica. A notoriedade do cronista, um homicida de 21 anos e a brutalidade com que o crime foi cometido preencheram páginas de jornais e horas diárias de televisão. Mas apesar de o homicídio de Carlos Castro merecer sobretudo notas de pesar pela vítima, as caixas de comentários de jornais online contrariaram o ingenuamente esperado bom senso, tendo sido invadidas por insultos homofóbicos. O país que viu ser aprovada na Assembleia da República a lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo também está nestas caixas de comentários. Negar a evidência é criar uma ilusão sobre uma parte substancial da população que se manifesta, desinibida, na Internet. A coberto ou não do anonimato, aquelas pessoas disseram o que pensavam sobre o caso. E o que pensam é assustador. O facto levou a que Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias, mostrasse uma preocupação especial com os comentários nos jornais online que incluíam ameaças de morte. O problema é sério, mas não é difícil de resolver: estes comentários devem ser censurados e denunciados à Polícia. O caso da página do Facebook de apoio ao assassino é de Polícia e deve ser resolvido pelos tribunais. O combate à homofobia, no entanto, não se faz combatendo a liberdade de expressão. Não é proibindo as pessoas de falar que a sua opinião muda. A balbúrdia inerente à democracia é preferível à compostura própria do politicamente correcto. Portugal é um país de homofóbicos? A liberdade de expressão tem limites?

07
Jan11

Rádio Blogue: poupança à portuguesa

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No regresso do Rádio Blogue, neste início de ano, queremos saber o que pensa das poupanças dos portugueses. Os portugueses não poupam porque não têm dinheiro ou por não terem hábitos de poupança? Não gastar é bom para o país? Não era a despesa que estimulava a economia?

O texto é assinado por Carla Hilário Quevedo e publicado aqui em parceria com o jornal Metro. Deixe o seu comentário, se preferir, através do 21. 351. 05. 90 até às 15h da próxima 5ªf.

 

Poupança à portuguesa

As notícias sobre a relação instável dos portugueses com a poupança são muito confusas. Por exemplo, em Novembro, os dados do estudo Basef Banca da Marktest indicavam um aumento da percentagem da população que dizia destinar uma parte maior do seu rendimento à poupança. Mas em Dezembro, apenas um mês depois, tínhamos a notícia da confirmação do contrário: a taxa de poupança dos portugueses no último trimestre de 2010 foi a mais baixa dos últimos dois anos. Em que é que ficamos? Talvez no de sempre: quem tem dinheiro, poupa. Quem não tem, não pode poupar por muito que o queira fazer. Mas o problema aumenta quando se contraem dívidas com a expectativa de uma poupança por antecipação. Parece confuso mas a explicação é simples. A compra de produtos a um preço que parece menor quando comparado com o anunciado num futuro próximo é vista como uma oportunidade. Compre mais barato agora o que será mais caro daqui a dias. A corrida às lojas antes de 1 de Janeiro por causa dos saldos e do aumento do IVA é um exemplo desta ideia de poupança por antecipação. Outro é a compra desenfreada de carros antes de o ano acabar. O fim do incentivo ao abate de automóveis em fim de vida, o aumento do Imposto sobre Veículos e o do IVA para 23 por cento foram motivos mais que suficientes para gastar dinheiro. A solução de poupança no fim de ano lembra os descontos espectaculares de sete euros em compras de setenta: só tem de gastar 63… Os portugueses não poupam porque não têm dinheiro ou por não terem hábitos de poupança? Não gastar é bom para o país? Não era a despesa que estimulava a economia?

23
Dez10

Rádio Blogue: imagem de Portugal

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(Imagens daqui e daqui)

 

Este fim-de-semana revemos as opiniões dos ouvintes sobre a imagem de Portugal, a partir da crónica de Carla Hilário Quevedo, publicada aqui em parceria com o jornal Metro. O Rádio Blogue regressa de férias a 5 de Janeiro de 2011.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 24 de Dezembro- 10.35/ 19.35

Domingo, 26 de Dezembro- 18.35

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