Edward Lorenz                               John Wheeler

 

O físico John Wheeler, provavelmente o último dos gigantes da física da primeira metade do século XX, participou no projecto de construção da bomba atómica e inventou a designação "buracos negros". Edward Lorenz, matemático e geofísico, criou a teoria do caos e mostrou como sistemas simples e puramente determinísticos podem ser impossíveis de prever. Os dois homens de ciência desapareceram na semana passada e são relembrados por Nuno Crato.

No Japão, cientistas e engenheiros construíram um avião de papel apenas dobrado, sem cortes nem processos de colagem, que está a servir de protótipo para modelos de aviões d exploração do espaço a serem construídos como os origami.

Por cá saíu recentemente a nova Gazeta de Matemática, agora com direcção de Jorge Buescu, e nela encontramos, entre outros artigos, uma explicação sobre a criptografia moderna e um debate sobre as superstições modernas em torno da etnomatemática.

Em fim-de-semana prolongado recomendam-se visitas ao Museu de Ciência da Politécnica, em Lisboa, e ao Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

 

Com Nuno Crato

2ª a 6ª- 8.40/ 12.40/ 19.40

Busca Inacabada (Esfera do Caos), a autobiografia intelectual de Karl Popper (1902-1994), filósofo da ciência e da teoria do conhecimento, é um livro apaixonante para cientistas, filósofos e todos os que se interessam pela história das ideias. Nuno Crato fala-nos da tradução para língua portuguesa deste livro, importante para perceber a história intelectual do século XX.
Nesta altura já começou um novo ciclo solar, embora o anterior ainda não tenha acabado. Encontram-se assim no Sol, neste momento, manchas pertencentes aos dois ciclos, que estão sobrepostos. Em breve o Sol vai aumentar a sua actividade, influenciando a nossa vida na Terra. Assim é, a cada 11 anos.
Ao longo da semana decorrem as Rotas Matemáticas da Universidade Técnica de Lisboa, uma iniciativa que envolve este ano um milhar e meio de jovens do secundário que vão à universidade para conhecer um pouco da matemática que por lá se ensina, investiga e aplica.
No final da semana, se o tempo o permitir, observamos Marte e Saturno.

Com Nuno Crato

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Napoleon at Fontainebleu, Paul Delaroche (1797-1856)

Napoleão Bonaparte, afinal, não foi envenenado. Pensava-se que sim, por terem sido encontrados restos de arsénico nos seus cabelos em quantidades muito maiores do que as habituais. O processo de activação por neutrões, que permitiu a uma equipa de físicos italianos medir a concentração de arsénico nos cabelos do imperador francês, é um dos destaques de Nuno Crato.
O livro da semana é uma edição recente da Porto Editora: O Sistema das Cores, de Diogo de Carvalho e Sampayo, falecido há 200 anos, influenciou a teoria das cores de Goethe.
Em final da semana, as sugestões passam pelos museus de ciência universitários e pelas actividades de ciência programadas para os jovens, em férias da Páscoa.

Com Nuno Crato

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O Professor Nuno Crato recebeu esta tarde, em Bruxelas, um European Science Award para a divulgação científica. É a primeira vez que o antigo Prémio Descartes é entregue pela Comissão Europeia a um português. O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática ficou em 2º lugar como comunicador científico do ano e o francês Jean-Pierre Luminet em primeiro. O prémio reconhece os vários anos de trabalho de Nuno Crato na divulgação científica em Portugal, tanto nas crónicas publicadas no jornal Expresso como na rubrica 3 Minutos de Ciência da Europa-Lisboa, e fala ainda de uma "abordagem Crato", ou seja, "uma escrita fácil de ler mas também informativa e cientificamente sólida".

Relembramos que pode ouvir Nuno Crato em 90.4 fm, de 2ªf a 6ªf, às 8.40/ 12.40/ 19.40.

 

No seu novo filme, Cristovão Colombo- O Enigma, que teve estreia nas salas no passado mês de Janeiro, o realizador Manoel de Oliveira defende a tese desenvolvida pelos autores do livro Cristóvão Colon era Português de que o descobridor terá nascido em Cuba, Alentejo. Nuno Crato aponta algumas imprecisões científicas do filme, relembra a Casa de Colombo, em Porto Santo, e outro navegador, Fernão de Magalhães, que não concluíu a volta ao mundo.

Ao longo da semana estão em destaque também o programa SETI, de procura de inteligência extra-terrestre, e para o qual contribuem milhares de voluntários- aliás, qualquer um de nós pode doar tempo do nosso computador pessoal para ajudar este esforço; os livros de charadas matemáticas como The Canterbury Puzzles, do matemático inglês Henry E. Dudeney, e a exposição A Diversidade da Vida, que celebra os 300 anos do nascimento do botânico Lineu, patente no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

 

Com Nuno Crato

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Foto de Jahovil

Esta semana, Nuno Crato recomenda-nos uma visita à meridiana da Catedral de Bruxelas (na foto), traçada no chão da igreja pelo cientista belga Adolphe Quetelet, com fins ilustrativos, e recorda ainda, a propósito das linhas meridianas no chão das igrejas, a de Saint Sulpice, central na trama do Código Da Vinci.
Entre as leituras da semana, o destaque vai para uma nova edição de um livro que o francês Charles Fourier dedicou aos "aromas dos astros" e que leva a pensar que a sedução pelos astros se torna, por vezes, numa atracção mística.
No final da semana observamos Vénus e Júpiter, que aparecem muito perto, de madrugada, e Saturno, que nasce a leste quando o Sol se põe a oeste.

Com Nuno Crato

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Sol observado pelo SOHO

 

O novo ciclo solar já começou e a energia recebida do Sol vai começar a aumentar. Vão ver-se mais manchas solares e vão ser tomadas mais precauções com os satélites e as comunicações. Ao longo da semana, Nuno Crato fala-nos ainda do telescópio espacial Hubble, que vai ter novos giroscópios e novos sistemas ópticos, melhorias que nos permitem esperar novas descobertas; do matemático Rudolf Kalman, que foi homenageado por engenheiros norte-americanos por ter inventado um algoritmo de estimação estatístico tão poderoso que se usa nos foguetões, nos satélites e nas previsões económicas; do efeito Mpemba, redescoberto por um jovem estudante na Tanzânia, ou de como, por vezes, a água quente congela mais depressa do que a água fria e, ainda, do novo livro do geólogo Galopim de Carvalho, Como Bola Colorida: A Terra Património da Humanidade.

 

Com Nuno Crato

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O dia 15 era, para os romanos, os "idos de Março". Séculos mais tarde, Shakespeare usou a expressão "the ides of March", na tragédia sobre Júlio César. Nuno Crato explica-nos as razões astronómicas dos calendários, a origem da expressão "calendas gregas" e o uso de "idos de Março" pelo dramaturgo inglês. Ao longo da semana regressamos à astronomia e à história para saber como a revolta dos Lusitanos comandados por Viriato ajudou a mudar o calendário.

Destaque ainda para algumas experiências sugeridas no novo número da revista Science in School: onde derrete mais depressa um cubo de gelo? Em cima de uma mesa de madeira ou em cima de uma mesa de ferro, estando as duas à mesma temperatura?

E em final de semana a sugestão é a de uma visita à exposição Matemática Viva, no Pavilhão do Conhecimento (Parque das Nações, Lisboa) que inclui a palestra Matemática das Coisas: A Matemática dos Contos Infantis, com a escritora Isabel Alçada e o matemático Pedro J. Freitas, Sábado, às 15.30. 

 

Com Nuno Crato

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Meteorito de ferro em Marte

 

Fala-se de um meteorito que pode vir a chocar com Marte nas próximas semanas. Seria um espectáculo inolvidável e possibilitaria o estudo destas colisões cósmicas num planeta perto de nós. Os olhos estão postos no planeta vermelho, os ouvidos em 90.4 fm.

Durante a semana, Nuno Crato traz-nos a conclusão de investigadores ingleses que mostraram que os cegos têm o seu ritmo diário (ritmo circadiano) controlado pela quantidade de luz recebida e que podem, portanto, ver o pôr do Sol e diz-nos que a canabis tem mais substâncias tóxicas do que o tabaco. O livro em destaque esta semana é do astrofísico português Pedro Ferreira, professor em Cambridge, agora editado em português pela Presença: O Estado do Universo.

 

Com Nuno Crato

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Há quem diga que houve uma Estrela de Belém, que era um cometa, e há quem diga que foi uma conjunção de planetas. É um dos temas em destaque, esta semana. Nuno Crato fala-nos ainda do estudo da poeira de cometas e da relação que podem ter com a origem da vida, na opinião de cientistas britânicos, e do primeiro trabalho científico de Einstein, tinha o cientista 19 anos, que voltou a ser estudado por historiadores. O livro da semana centra-se na filosofia da educação, na psicologia cognitiva moderna e na educação especial: Pode a Educação Especial deixar de ser Especial?, de James Kauffman e João A. Lopes.

 

Com Nuno Crato

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