O último trajecto Na Outra Margem antecipa a ópera A Rainha Louca, que se estreia no CCB a 8 de Julho, numa co-produção com o Festival de Almada. Segunda parte da Trilogia da Loucura, de Alexandre Delgado, adapta uma peça de Miguel Rovisco sobre D. Maria I e é levada à cena em três récitas, com encenação de Joaquim Benite, interpretações das cantoras Ana Ester Neves, Maria Luísa de Freitas, Ana Paula Russo, Teresa Cardoso de Menezes e Nilma Santos e direcção musical do próprio compositor, à frente da OrchestrUtópica. Para além desta sua ópera, Alexandre Delgado fala também do Cistermúsica, Festival de Música de Alcobaça, que dirige e que decorre até 31 de Julho.

Os programas anteriores estão aqui.

 

Com Manuela Paraíso

4ªf, 15 de Junho- 18h

 

Durante mais de dois séculos e meio esteve perdida entre escombros e bibliotecas. Agora regressa à vida, ao fim de cinco anos de intenso trabalho de investigação de se ter detectado a partitura e o libreto, e descoberto ter sido a última ópera a subir à cena na mítica Casa de Ópera do Paço da Ribeira (que ruiu no terramoto de 1755). Antigono, de Antonio Mazzoni, sobe ao palco do Grande Auditório do CCB, nos próximos dias 21 e 22, pela mão da orquestra barroca Divino Sospiro e com um naipe internacional de seis cantores que inclui a portuguesa Ana Quintans. Antes, assistimos a uma sessão de ensaios desta produção em que o contemporâneo revisita o barroco (com o desenho digital de António Jorge Gonçalves e os figurinos de José António Tenente) e falamos com três dos principais responsáveis pela consumação deste projecto: o pianista Nicholas McNair, que impulsionou a ideia e reconstruiu a partitura, Massimo Mazzeo, o director artístico do Divino Sospiro, e Carlos Pimenta, encenador.

 

Com Manuela Paraíso

4ªf, 19 de Janeiro- 18h

     Emy Dragoï Quintet- Jazz Hot Club Romania                       La Voix Humaine (daqui)

 

Entre as propostas do Evasões deste fim-de-semana destacamos o concerto que encerra a Festa da Francofonia, com o 5teto do acordeonista Emy Dragoï, com Christophe Lartilleux e Philippe Roger, guitarristas franceses, Constantin Lacatus, tocador de címbalo de origem romena, e Jimenez Juan, contrabaixista venezuelano, um colectivo que abraça o jazz  e a tradição do folclore romeno com o mesmo fervor. Sábado, 21, às 21h, no Instituto Franco-Português.

A partir de 2ªf, a ópera La Voix Humaine de Francis Poulenc, com libreto de Jean Cocteau, a partir da sua própria peça, sobe ao palco do Auditório do IFP numa encenação de Nuno Fidalgo com a interpretação do soprano Rosalina Machado e do pianista Gonçalo Simões. A extraordinária peça de Cocteau, disponível em português, continua a ser um desafio para inúmeras actrizes, já que tem como única personagem uma mulher que aguarda, em casa, o telefonema do seu amante. O diálogo entre os dois dá-nos, então, a conhecer uma situação de paixão e ruptura. De 2ªf, 23 a 5ªf, 26 de Março, às 21h, no IFP.

Finalmente, na Galeria Caroline Pagès está patente a exposição Beautiful Strange, de fotografia e pintura do francês Gérald Petit, um artista já representado em mostras de Paris, Lyon, Praga, Lisboa e na Trienal de Echigo-Tsumari, Japão. Até 9 de Maio, em Campo de Ourique.

 

Com Jean-Paul Lefèvre, Margarida Antunes e Antonieta Lopes da Costa

(produção de Filipa Paramés)

Sábado, 21 de Março- 16h

     Christopher Bochmann

 

Com mais de 200 obras compostas, Christopher Bochmann entra pela primeira vez no domínio da ópera. Corpo e Alma, ópera de câmara baseada na obra Pedro, o Cru, de António Patrício, vai ser apresentada, em estreia, a 28, 9 e 30, no Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos, pela Orquestra Sinfónica Juvenil. Pretexto para uma conversa com o compositor, maestro e professor, que nos fala também do seu trabalho à frente do Departamento de Música na Universidade de Évora, nos últimos 2 anos.

 

Com Manuela Paraíso

5ªf, 26 de Junho- 19h

Sábado, 28 de Junho- 11h

Orquestra Nacional do Porto, Casa da Música

Na semana passada, no programa Na Outra Margem, Paulo Matos, actor, encenador e dinamizador do Ópera em Criação- concurso bienal destinado a jovens compositores- referiu que a ópera encomendada ao vencedor da 1ª edição, em 2006, deverá ser estreada em 2009. O compositor em causa, Luís Cardoso, recebeu a notícia através do programa, com grande surpresa:" A encomenda da ópera foi cancelada pelo São Luiz em 2007 e por isso parei de trabalhar nela. Sobre a possibilidade dela vir a ser montada, foi-me dito, por pessoas ligadas ao concurso, que haveria intenção de produzir a ópera. Mas nunca nada de oficial me foi comunicado, muito menos se falou em datas."
Este é um dos temas em discussão, esta semana, com Luís Cardoso, compositor em residência na Casa da Música, esta temporada, que fala de Interlúdio 1, a sua nova obra, em estreia a 11 de Abril, pela Orquestra Nacional do Porto, no concerto comemorativo do 3º aniversário da Casa da Música.
Convidado, também, é Miguel Azguime, artesão e intéprete da ópera electroacústica e multimédia Itinerário do Sal, que o Miso Ensemble traz de regresso a Lisboa, após apresentações em vários países. Uma "reflexão sobre a criação e a loucura" levada à cena no CCB, a 28 e 29 de Março, e recriada em DVD.

Com Manuela Paraíso
5ªf, 27 Março- 19h
Sábado, 29 Março- 18h