Hootenanny em Lisboa
Alan Lomax durante as filmagens de American Patchwork
Hootenanny está para a folk como a jam-session para o jazz, segundo uma analogia célebre de Joan Baez, que continua a ser muito citada. Hootenanny, que tem vários significados possíveis, desde a década de 30, acabou por adquirir, na música folk, o sentido de festa colectiva, quando aos músicos se juntam outras pessoas, com os seus instrumentos, para tocar, em improvisação.
Amanhã começa na Culturgest, em Lisboa, um ciclo comissariado por Ruben de Carvalho, jornalista e programador, entre outros, do cartaz musical do Avante, que dá a conhecer a música folk norte-americana, com uma selecção de documentários, concertos e dança. Nesta primeira edição, e entre o riquíssimo legado da música folk, com os seus blues tradicionais, o bluegrass e as cowboy songs, o Hootenanny dedica-se às tradições dos Montes Apalaches dos EUA.
American Patchwork- Appalachian Journey, um dos 5 filmes da série American Patchwork que Alan Lomax realizou e que documentam as tradições e o folclore do sul dos Estados Unidos, é primeiro documentário a ser exibido, amanhã, 2ªf, 2 de Fevereiro, no Pequeno Auditório, em inglês e sem legendagem, às 21.30. Com entrada livre e apresentação de Mike Seeger.
Na 3ªf, 3 de Fevereiro, tem lugar o primeiro dos 3 concertos do ciclo, justamente com Mike Seeger, multi-instrumentista que domina a guitarra, o fiddle, o banjo, o bandolim e a harmónica, entre vários outros instrumentos. Foi um dos nomes centrais, com os New Lost City Ramblers, no chamado segundo revival da música folk norte-americana, durante a década de 60, Mais recentemente colaborou com Ry Cooder e com Robert Plant e Alison Krauss no álbum Raising Sand (2007). Ao vivo na 3ªf, 3 de Fevereiro, às 21.30.
O ciclo Hootenanny decorre até ao próximo sábado, 7 de Fevereiro, na Culturgest.