Rádio Blogue: bullying homofóbico
Este fim-de-semana revemos as opiniões sobre o uso do Facebook por crianças...
com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa
6ªf, 18 de Fevereiro- 11.35/ 17.40
Domingo, 20 de Fevereiro- 18.35
O novo tema de debate é a campanha publicitária da Rede Ex Aequo sobre o bullying a alunos homossexuais. Perdeu-se uma boa oportunidade de fazer uma campanha generalizada contra o bullying na escola? Estas campanhas são úteis? A crónica de Carla Hilário Quevedo é publicada aqui em parceria com o jornal Metro. Dê-nos a sua opinião até às 16h da próxima 5ªf.
Bullying homofóbico
Cartazes e folhetos de uma campanha contra a discriminação de jovens gays e lésbicas não foram aprovados por dois serviços do Ministério de Educação. A campanha publicitária que pretende chamar a atenção para o bullying nas escolas a alunos homossexuais é da responsabilidade da Rede Ex-Aequo, uma associação de jovens que promove os direitos dos homossexuais e transexuais, e foi financiada pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. O motivo apontado parece ser de cariz burocrático, além de ideológico, segundo avança o Público. Segundo a notícia no jornal, faltou um pedido de autorização formal para a afixação dos materiais da campanha. Além do mais, em reuniões com a Ex-Aequo, representantes do Ministério da Educação alegaram a sua neutralidade «em assuntos que possam ser considerados ideológicos». E em que consistem estes cartazes? Num deles vemos três raparigas parecidas numa sala de aula e a frase: «Ela é lésbica e estamos bem com isso». No outro vemos três rapazes parecidos, no mesmo contexto de sala de aula, e a frase «Ele é gay e estamos bem com isso». A primeira surpresa é a construção da frase decalcada do inglês: «And we’re okay with that». Não custava ter escrito uma frase em português, que até podia ser insolente: «Ele é gay e ninguém tem nada a ver com isso». A segunda surpresa tem que ver com o número de pessoas nos cartazes: três raparigas num e três no outro. Porquê três e não mais? Significa isto que um terço da população juvenil portuguesa é homossexual? A terceira surpresa tem que ver com a própria necessidade desta campanha tão específica. Perdeu-se uma boa oportunidade de fazer uma campanha generalizada contra o bullying na escola? Estas campanhas são úteis?