U, Serge Elissalde (2006) Moi, Un Noir, Jean Rouch (1958)
O cinema domina este primeiros meses do ano, no Instituto Franco-Português: o ciclo Anima' Filmes, que teve início na semana passada, continua nos próximos dias com o já célebre Les Triplettes de Belleville (Sylvain Chomet, 2002), sobre a Senhora Souza, o seu sobrinho e a Volta a França, 2ªf, 26, às 18.30. Na 4ªf, 28, é exibido U (Serge Elissalde, 2006), que tem como personagem central a princesa Mona, menina infeliz a quem aparece um dia U, um unicórnio mágico que a vai confortar e proteger. No final da semana podemos rever Le Roi et L' Oiseau, o filme de culto de Paul Grimault e Jacques Prévert (1979), baseado no conto A Pastora e o Limpa-Chaminés de Hans Christian Andersen. 6ªf, 30 de Janeiro, às 18.30, sempre com entrada livre e legendagem ou dobragem em português.
Na semana seguinte, já em Fevereiro, o IFP dá início a uma retrospectiva de Jean Rouch (1917- 2004), cineasta, étnografo e um dos mestres do cinéma-vérité, através dos seus cerca de 130 documentários, realizados em grande parte em África mas também em Paris. De 2 a 16 de Fevereiro, o IFP exibe 6 documentários de Rouch, começando com A Pirâmide Humana (1961), sobre questões de raça e identidade entre negros, em Abidjan, Costa do Marfim, a 2 de Fevereiro, às 19h. Dia 3, às 19h, são exibidos Les Maîtres Fous (1955), sobre as práticas rituais de uma seita religiosa no Níger, e Moi, un Noir (1958), que segue o percurso de dois jovens negros nigerianos à procura de emprego em Abidjan. Cada um deles toma para si uma personagem, a convite do realizador: um é Edward G. Robinson, outro Eddie Constantine (como os actores norte-americanos). Através das suas histórias forjadas, seguimo-los pela cidade, desenraizados, e assistimos aos seus diálogos improvisados, à maneira do jazz, em que Rouch se inspirava para o seu modo de filmar. A partir de 2 de Fevereiro, às 19h, com entrada livre e legendagem em português.
Finalmente, destaque ainda para o encontro do Bar das Ciências, onde se debate, este mês, a Viagem no Tempo, uma ideia muito querida da ficção científica. O físico nuclear Etienne Klein, do Centre de L´Energie Atomique, comenta a expressão "viajar no tempo" e as descobertas da Física contemporânea. 5ªf, 29, às 19h, no IFP.
Com Jean-Paul Lefèvre, Margarida Antunes e Antonieta Lopes da Costa
(produção de Filipa Paramés)
Sábado, 24 de Janeiro- 16h