Da energia pura até à sedução do romantismo, as Grandes Canções do Jazz desfilam semanalmente na Europa Lisboa, em quatro horas de música para sublinhar o prazer dos serões de Sábado. Sempre em viagem, dos grandes clássicos às versões, entre as vozes lendárias, os consagrados e as grandes descobertas, passando pelas estreias e os exclusivos.

Na emissão desta semana regressamos à Count Basie Orchestra, enquanto parceira de algumas das maiores vozes de sempre do jazz. Desta vez, encontramos a formação, em 1987, numa celebrada parceria com a voz de Diane Schuur. Dois temas deste registo abrirão, assim, cada uma das horas do nosso programa.

Entretanto, em torno das meias-horas, recuperamos “Blue in Green”, o primeiro álbum da portuguesa Sara Valente, tão estreado quando “esquecido” em 2007. Neste disco, a cantora propõe uma abordagem própria a alguns temas originalmente instrumentais de Miles Davis ou Wayne Shorter, bem como de alguns standards. Participam no álbum João Maurílio, Nelson Cascais, Paulo Bandeira e Gonçalo Marques.

Com Ricardo Belo de Morais

Sábado, 9 de Maio- das 20h às 24h

Existe desde 1936 e é composta por 16 a 18 músicos: a Count Basie Orchestra, que o pianista e compositor fundou, é uma das grandes representantes da era do swing e do talento orquestral de Basie- que a dirigiu durante cerca de 50 anos. Esta noite, os 17 músicos da big band, dirigidos pelo trombonista Bill Hughes, sobem ao palco do Campo Pequeno, com 5 vozes portuguesas que interpretam- cada uma com as suas particularidades- temas celebrizados por Ella Fitzgerald ou Frank Sinatra. 4ªf, 29, às 22h.

O Auditório Municipal do Seixal recebe, a partir de hoje e até sábado, 4 formações, que vêm juntar-se aos concertos que deram início ao Festival Internacional SeixalJazz 2008, no passado dia 17. O contrabaixista Dave Holland regressa esta noite a Portugal para tocar, com o seu 5teto, composições originais, que escreve a pensar nos seus músicos: Chris Potter (sax tenor e soprano), Robin Eubanks (trombone), Steve Nelson (vibrafone), e Nate Smith (bateria). 4ªf, 29, às 21.30 e 23.30. No Seixal Jazz Clube há livre-improvisação, com o 4teto The Electrics, formado pelo trompetista alemão Axel Dörner, que já ouvimos no projecto Monk's Casino, com Zeena Parkins, Sam Rivers ou Evan Parker, o sueco Sture Ericson (sax tenor e soprano, clarinete baixo), o norueguês Ingebrigt Haker Flaten (contrabaixo) e o sueco Raymond Strid (bateria). 4ªf, 29, às 23h e 24h.

Amanhã, no Auditório, os 2 concertos da noite são protagonizados por Cindy Blackman, um talento da bateria que muitos terão visto já ao lado de Lenny kravitz mas que se exprime com igual à-vontade no jazz e no funk. Joe Henderson, Pharoah Sanders, Art Blakey ou Bill Laswell são apenas alguns dos músicos com quem já tocou. No Seixal vai apresentar-se com J.D. Allen (sax tenor), Carlton Holmes (piano e fender rhodes) e George Mitchell (contrabaixo). 5ªf, 30, às 21.30 e 23.30. No Seixal Jazz Clube, sempre com entrada livre, ouve-se mais tarde o trio BRP oriundo de Londres, e prestes a lançar o seu disco de estreia. O português Pedro Velasco (guitarra) e os ingleses Rob Pennel (bateria) e Ben Bastin (contrabaixo) tocam 5ªf, 30, às 23h e 24h.

Vale a pena ficar atento às manhãs, em 90.4 fm... vamos ter convites para o Seixal Jazz.

Amanhã regressam os concertos  A Solo no Jardim de Inverno, esta semana com o pianista Bernardo Sassetti, num concerto dedicado ao improviso. 5ªf, 30, às 22h, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz.

Na Casa da Música, Maria João e Mário Laginha apresentam o novíssimo Chocolate, um disco de canções, originais da dupla, e de standards, que sucede a Tralha (2004) e a vários projectos que cada um dos músicos desenvolveu nos últimos anos. Com Maria João e Mário Laginha tocam o saxofonista britânico Julian Argüelles (sax tenor e soprano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria). 5ªf, 30, às 22h, na Sala Suggia.

De regresso a Lisboa, Vânia Fernandes (voz) e Júlio Resende (piano) reafirmam a sua cumplicidade através de standards do jazz e da pop, do fado e da bossa-nova, com o violoncelista convidado Ricardo Mota. 5ªf, 30, às 23h, no Onda Jazz.

E do Brasil, via Nova Iorque, chega o percussionista-cantor-compositor Vinicius Cantuária, com um discreto percurso de 25 anos na música. A sua linguagem sofisticada e pessoal, entre a bossa-nova, o jazz e a pop, encontra-se em discos como Sol na Cara (1996), Tucumã (1999) ou no novo Cymbals, com Brad Meldhau, Marc Ribot, David Binney ou Michael Leonhart, entre outros. Vinicius Cantuária toca amanhã no Olga Cadaval, em Sintra, às 22h, 6ªf, 31, em Faro, no Teatro das Figuras, e no sábado, 1 de Novembro, no Centro Cultural Vila Flor de Guimarães.