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25
Mar10

Rádio Blogue: Igreja Católica e Pedofilia

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O concurso O Jogo da Morte e o documentário rodado sobre a ideia do reality show foram os temas em debate, esta semana. Os comentários são revistos por...

 

Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 26 de Março- 10.35/ 19.35

Domingo, 28 de Março- 18.35

 

A partir de hoje pode dizer-nos o que pensa sobre os casos de pedofilia no seio da Igreja Católica que têm vindo a ser sucessivamente revelados. O texto abaixo é assinado por Carla Hilário Quevedo e publicado aqui em parceria com o jornal Metro. Se preferir, pode dar-nos a sua opinião através do 21.351.05.90. Até às 16h da próxima 5ªf.

 

Igreja Católica e pedofilia

Sabemos que a pedofilia não é um crime exclusivo de nenhuma religião. Sabemos ainda que a pedofilia não é um problema grave apenas existente na Igreja Católica. Sabemos por fim que o Papa Bento XVI condenou com palavras duras os abusos sexuais a crianças à guarda de sacerdotes religiosos e pediu desculpa às vítimas. Feitas as necessárias ressalvas, os casos de pedofilia no sacerdócio católico e o seu encobrimento por membros eclesiásticos são uma infâmia. A vergonha e a consternação do Papa Bento XVI, bem como dos fiéis conscientes da gravidade do problema com que se debatem, são plenamente justificadas. Mas isto não é suficiente. Perante os casos que têm vindo a público na Irlanda, que levaram à recente demissão do bispo John Magee, no Brasil, na Suíça, na Áustria, na Holanda, na Alemanha e nos Estados Unidos, a atitude condenatória do Papa, apesar de corajosa, parece ainda demasiado branda aos olhos da opinião pública. É provável que Ratzinger tenha sido duro internamente e não duvido do seu desejo em erradicar da Igreja os padres pedófilos e os seus cúmplices. Mas precisamos de ver mais. Na carta pastoral enviada aos católicos da Irlanda sobre a questão dos abusos sexuais, o Santo Padre manifestou vergonha e desolação pelos actos cometidos, e afirmou partilhar do «sentimento de traição que tantos sentiram ao tomar conhecimento desses actos pecaminosos e criminosos e da forma como as autoridades eclesiásticas na Irlanda lidaram com eles». O Papa Bento XVI referiu ainda o «grande dano perpetrado à Igreja e a percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa». Aqueles que se escudaram numa mensagem de bondade e abusaram da confiança da comunidade para cometer crimes hediondos também actuaram contra os padres bons, que educaram tantas crianças com dignidade e respeito. O Papa Bento XVI deve castigar de modo exemplar e publicamente os padres envolvidos em casos de abusos sexuais? A Igreja Católica pode recuperar deste escândalo?

03
Dez09

Rádio Blogue: Violência doméstica

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Em final de semana conferimos os comentários de todos sobre os conflitos entre pais divorciados e a forma como os filhos são envolvidos neles.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 4 de Dezembro- 10.35/ 19.35

Domingo, 6 de Dezembro- 18.35

 

Ao longo dos próximos dias queremos ouvi-lo sobre a violência doméstica, tema proposto por Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Metro. Pode dar-nos a sua opinião também através do 21.351.05.90, até às 16h da próxima 5ªf.

 

Violência doméstica

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) divulgou que este ano morreram até agora em Portugal 27 mulheres vítimas de violência doméstica. Mais de metade têm menos de 35 anos. Ainda segundo os dados provisórios da UMAR, registaram-se quarenta e dois casos de tentativa de homicídio. Os actos de violência doméstica continuam a não ser denunciados porque as vítimas têm medo dos agressores e também porque os vizinhos escolhem não interferir em situações que interpretam erradamente como sendo do foro privado do casal. Quando a vítima arranja coragem para pôr fim ao relacionamento abusivo, é por vezes demasiado tarde. Foi o que aconteceu a uma mulher de Montemor-o-Novo, assassinada pelo marido à frente da filha de cinco anos. Após mais uma agressão do marido, conhecido na terra por ser um homem violento, a mulher ainda ferida dirigiu-se à esquadra onde apresentou queixa, tendo sido levada de imediato para o hospital. O homem interceptou a ambulância e matou a mulher com dois tiros de caçadeira, na presença da filha de cinco anos que se encontrava junto da mãe. Os casos de violência doméstica têm, no meu entender, uma gravidade acrescida visto que acontecem num ambiente de confiança. A confiança necessária num casal aparece demasiadas vezes deturpada por descrições de paixão assolapada. A mulher, a vítima com medo, é descrita como uma criatura que suporta o pior porque ama, e o agressor, um criminoso, aparece descrito como um desvairado, culpado apenas de amar tão loucamente. Um homem escolhe quebrar um laço sagrado de confiança quando agride a sua mulher. Este acto de violência não se justifica com perdas momentâneas de racionalidade, não se desculpa com problemas financeiros e ainda menos pode ser descrito por qualquer pessoa decente como um acto de amor. Se ser amado é ser agredido, humilhado e morto, então ninguém neste mundo precisa de amor, muito obrigada. Culpabilizar a vítima é outra estratégia comum para eximir o agressor da sua responsabilidade individual. As novas gerações são tão violentas como as anteriores? O que podemos fazer para quebrar este ciclo?

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