Durante mais de dois séculos e meio esteve perdida entre escombros e bibliotecas. Agora regressa à vida, ao fim de cinco anos de intenso trabalho de investigação de se ter detectado a partitura e o libreto, e descoberto ter sido a última ópera a subir à cena na mítica Casa de Ópera do Paço da Ribeira (que ruiu no terramoto de 1755). Antigono, de Antonio Mazzoni, sobe ao palco do Grande Auditório do CCB, nos próximos dias 21 e 22, pela mão da orquestra barroca Divino Sospiro e com um naipe internacional de seis cantores que inclui a portuguesa Ana Quintans. Antes, assistimos a uma sessão de ensaios desta produção em que o contemporâneo revisita o barroco (com o desenho digital de António Jorge Gonçalves e os figurinos de José António Tenente) e falamos com três dos principais responsáveis pela consumação deste projecto: o pianista Nicholas McNair, que impulsionou a ideia e reconstruiu a partitura, Massimo Mazzeo, o director artístico do Divino Sospiro, e Carlos Pimenta, encenador.

 

Com Manuela Paraíso

4ªf, 19 de Janeiro- 18h

Eurico Carrapatoso, um dos mais prolíficos e reconhecidos compositores portugueses, vai ter uma nova obra estreada a 18 de Março no CCB, pela OrchestrUtópica e o Grupo Vocal Olisipo, com o barítono Armando Possante: Stabat Mater é uma encomenda do CCB, foi concebido como contraponto ao de Bocherini (interpretado, no mesmo concerto, pela Divino Sospiro) e evoca as mães dolorosas das crianças mortas do Iraque.
Uma conversa que passa também pela paisagem scalabitana do seu Requiem à Memória de Passos Manuel, recentemente editado pela Numérica e pela "reforma" do ensino artístico especializado- já que Eurico Carrapatoso é também professor da Escola de Música do Conservatório Nacional.

Com Manuela Paraíso
5ªf, 13 Março- 19h
Sábado, 15 Março- 11h

Com vários concertos agendados para os próximos meses, a OrchestrUtópica volta a dedicar um programa a jovens compositores portugueses. Vai ser a 14 de Fevereiro, no CCB, e inclui, entre outras, uma obra de José Luís Ferreira, que vai estar em estúdio com José Júlio Lopes, director artístico da OrchestrUtópica, para uma conversa que passa pelo concerto e pela actividade daquela formação em prol da música portuguesa contemporânea, mas olha também a actual conjuntura em que trabalham os nossos jovens compositores. Na conversa participam ainda Patrícia Sucena Almeida e Bruno Gabirro, outros criadores abrangidos neste programa da OrchestrUtópica. À parte, Massimo Mazzeo, director artístico da orquestra barroca Divino Sospiro, fala sobre o concerto do próximo dia 6, no CCB, em torno da figura do Padre António Vieira.

Com Manuela Paraíso
5ªf, 31 Janeiro- 19h
Sábado, 2 Fevereiro- 11h

 

Três intérpretes, de diferentes instrumentos, com novos discos gravados ou concertos agendados para os próximos dias: Massimo Mazzeo, o violetista fundador da orquestra barroca Divino Sospiro, apresenta em ante-estreia Na Outra Margem o primeiro CD da formação, em que interpreta Mozart (ed. Nichion Records). Artur Pizarro fala sobre o seu recente disco Rimsky Korsakov Piano Duets (ed. Linn Records), gravado com a pianista Vita Panomariovaite, que ambos apresentam no São Luís esta 4ªf, 28. E o flautista António Carrilho faz a antevisão da ópera de Purcell, Dido e Eneias, pelo seu grupo La Nave Va, que dirige a 1 de Dezembro no Auditório de Espinho, e do concerto com o projecto Barbacute, a 2 de Dezembro, no CCB.

Esta semana, e pela primeira vez, Na Outra Margem tem vários exemplares de Um Piano Exemplar, de Olga Pratts, ( o CD e o livro) para oferecer.

 

Com Manuela Paraíso

5ªf, 29 Novembro-19h

Sábado, 1 Dezembro-11h