Dominique A
Alguns chamam-lhe uma das vozes mais originais da moderna música francesa e o seu talento foi reconhecido, desde a primeira hora, pela crítica: Dominique A., cantor e compositor, lançou este ano o seu 8º disco, La Musique, gravado em casa e recorrendo a sonoridades dos anos 80, em clara ruptura com as guitarras minimais que têm marcado o universo do músico. Para trás ficam os tempos de estudante de literaturas modernas, de moço de recados numa rádio local, das primeiras canções gravadas e enviadas, em mão, para rádios e críticos, da performance sarcástica nos prémios Victoires de la Musique, quando em 96 foi considerado melhor novo talento masculino. A melancolia, os arranjos austeros, as letras poéticas, os ambientes e o humor negros são marcas do trabalho de Dominique A. e deram-lhe entretanto os favores de crítica e público. Ao longo dos anos tem composto para Françoiz Breut, Jeanne Balibar e Calogero, e é hoje uma referência assumida de músicos como Katerine, Yann Tiersen, Miossec e os Holden, entre outros. Depois de Tout Sera Comme Avant (2004) e L'Horizon (2006), que conhecemos bem por cá, descobrimos La Musique.
Outos discos em rotação, esta tarde, são Better Days (2009) de Tom Frager, Pour Nos Vies Martiennes (1988) de Etienne Daho e Des Roses et Des Orties (2008) de Francis Cabrel.
Com Ricardo de Matos
Domingo, 13 de Dezembro- 16h