(Foto daqui)

Esperanza Spalding, a contrabaixista, cantora, compositora, produtora e arranjadora norte-americana de 26 anos, foi a grande vencedora do Prémio Artista Revelação nos Grammy 2011. Os prémios da indústria norte-americana contemplam o jazz, em categorias próprias como melhor álbum contemporâneo, melhor disco de jazz vocal, melhor solo improvisado ou melhor álbum de jazz instrumental, mas a atribuição a Esperanza Spalding de um prémio tão cobiçado como o de artista revelação é sobretudo uma vitória da própria Esperanza, pelo trabalho que tem desenvolvido ao longo dos anos, nomeadamente como professora no Berklee College of Music (Boston), pela música, que apela a diferentes públicos, e pela personalidade efusiva que revela a cada concerto. Entre as reacções ao prémio contaram-se muitos "quem é ela?"- afinal, Chamber Music Society, o seu terceiro e novo disco, vendeu pouco mais de 30 mil exemplares, o disco menos vendido entre os nomeados ao mesmo prémio. No jazz, a cantora e contrabaixista é tudo menos uma estranha. Esta tarde recuperamos uma breve conversa com Spalding, a propósito do álbum Esperanza e do seu primeiro concerto em nome próprio em Portugal, no CCB, em Fevereiro de 2009.

Os programas anteriores estão aqui.

Com Mafalda Costa

2ªf, 14 de Fevereiro- 18h

Esta semana, no nosso destaque de aberturas de hora, continuamos em ronda pelos cinco trabalhos nomeados ao Grammy Award 2010 para ‘Best Jazz Vocal Album’ Depois de «When Lights Are Low», da cantora norte-americana Denise Donatelli, é agora a vez de «Freddy Cole Sings Mr. B», um histórico trabalho com que Freddy Cole homenageou o legado do seu mentor e amigo, Billy Ekstine. Aos 79 anos, com este registo de referência, ‘o Cole que ninguém conhece’ (como Freddy Cole costuma gracejar, referindo-se aos mundialmente famosos Nat King – seu irmão – e Natalie – sua sobrinha) chega assim, finalmente, à nomeação para o galardão máximo da indústria discográfica mundial, na categoria de Jazz Vocal.

Pelas meias-horas continuamos a viajar pelas Vozes do Jazz que este ano se viram ainda mais em destaque, com as nomeações para os Grammy Award 2010. E fora das categorias tradicionais, surge Esperanza Spalding. A norte-americana conseguiu a proeza de arrecadar uma inesperada nomeação para ‘Best New Artist’, ao lado de fenómenos mediáticos e de vendas como Justin Bieber ou Florence & The Machine. Um facto que prova bem a popularidade conquistada nos últimos dois anos pela jovem cantora, compositora e contrabaixista – e que nos motiva a uma retrospectiva dos seus 10 anos de carreira.

Com Ricardo Belo de Morais

Sábado, 15 de Janeiro- das 20h às 24h

Vozes 3 (daqui)

São já 11 anos de jazz no Funchal, que este ano está no Parque de Santa Catarina, entre hoje e sábado. Com 2 concertos por noite, o Funchal Jazz 2010 arranca esta noite com Vozes 3, o trio criado pelas cantoras Maria João, Maria Viana e Maria Anadon há cerca de ano e meio. com um repertório de standards e temas originais, as cantoras são acompanhadas pelo pianista catalão Joan Monné, João Farinha (piano), Victor Zamora (piano), Nelson Cascais (contrabaixo) e Marcelo Araújo (bateria). 5ªf, 8 de Julho, às 21.30.

No segundo concerto da noite ouvimos o trio do pianista Kenny Barron, uma referência de pianistas mais jovens como Danilo Perez, Cyrus Chestnut ou Eric Reed. Com o porto-riquenho David Sanchez em sax tenor, o trio de Kenny Barron integra ainda Kiyoshi Kitagawa (contrabaixo) e Johnathan Blake (bateria). 5ªf, 8 de Julho.

A cantora brasileira Jane Duboc abre o segundo dia do Funchal Jazz 2010, num 4teto formado por Kiko Continentino (piano), Jefferson Lescowich (baixo acústico) e Márcio Bahia (bateria). Duboc viveu vários anos nos Estados Unidos e no seu percurso conta mais de uma centena de discos nos quais colaborou. Paraíso, de 93, juntou a cantora e o saxofonista Gerry Mulligan, mas a sua voz encontra-se também em registos de Sarah Vaughan, Hermeto Pascoal, Caetano Veloso e Egberto Gismonti, entre outros. 6ªf, 9, a partir das 21.30.

O virtuoso guitarrista Al Di Meola leva o seu projecto de fusão World Sinfonia ao Parque de Santa Catarina, com uma música harmonicamente complexa, em temas originais do guitarrista ou de Astor Piazzola. Com Di Meola tocam Fausto Beccalossi (acordeão), Gumbi Ortiz (percussão), Kevin Seddiki (guitarra), Peter Kaszas (bateria) e Victor Miranda (baixo). 6ªf, 9 de Julho.

Entre o jazz, a soul e o flamenco, o duo formado pelos espanhóis Javier Colina (contrabaixo) e Antonio Serrano (harmónica) é um projecto a conhecer, ao vivo ou em disco, Colina Serrano Project (2009). Overjoyed, de Stevie Wonder, Sweet Georgia Brown ou Zyryab, de Paco de Lucía, são alguns dos temas interpretados pelo 4teto que reúne o contrabaixista e o harmonicista a Guillermo McGuill (bateria) e Mariano Diaz (piano). Sábado, 10 de Julho, a partir das 21.30.

A 11ª edição do Funchal Jazz termina com a cantora, compositora e contrabaixista Esperanza Spalding, que terá novo disco no final do Verão. Com Esperanza tocam Leonardo Genovese (piano), Ricardo Vogt (guitarra) e Dana Hawkins (bateria). Sábado, 10 de Julho.

     Ricardo Vogt, Esperanza Spalding, Otis Brown, E.U.A. em 2008 (daqui)

Esta tarde voltamos a ouvir a cantora, contrabaixista e compositora Esperanza Spalding, de regresso a Portugal para um concerto único no Sítio das Fontes, Lagoa, na próxima 6ªf, 10 de Julho, a convite do Allgarve.

No início deste ano, Esperanza Spalding apresentou-se pela primeira vez, com o seu 4teto, em Lisboa. Nessa altura falou-nos do seu percurso, da paixão pela música brasileira e pelo contrabaixo, e é essa conversa que hoje recuperamos.

O Discofonia tem podcast aqui.

Com Mafalda Costa

2ªf, 6 de Julho- 18h

      Esperanza Spalding                      Jacinta

No cartaz do fim-de-semana há jazz no feminino com Jacinta e o seu espectáculo Songs of Freedom, com clássicos como Georgia on my Mind, My Baby just Cares for Me, Where the Streets have No Name e How Deep is Your Love, em arranjos para trio. Com Pedro Costa (piano) e Paulo Gravato (sax tenor e barítono), 6ªf, 30 e sábado, 31, às 22h, no Jardim de Inverno do São Luiz.

No domingo a noite é de Esperanza Spalding, a cantora, contrabaixista e compositora, que regressa a Lisboa, agora em nome próprio, com o seu 4teto: Ricardo Vogt (guitarra), Leo Genovese (piano) e Otis Brown (bateria). Esperanza, o seu segundo disco, traz-nos composições originais e temas da música brasileira (Ponta de Areia, Samba em Prelúdio). Domingo, 1 de Fevereiro, às 21h, no Grande Auditório do CCB.

Entretanto, no Hot Clube, o contrabaixista Nelson Cascais apresenta o seu novíssimo Guruka (Tone of a Pitch), com Pedro Moreira (saxofones, flauta), André Fernandes (guitarra), João Paulo Esteves da Silva (piano, fender rhodes) e Marcos Cavaleiro (bateria). 6ªf, 30, e sábado, 31, às 23h.

No Casino Lisboa há blues com o colectivo The Soaked Lamb, que termina na próxima 2ªf uma semana de apresentações ao vivo. Em palco são Mariana Lima (voz), Afonso Cruz (ukelele, guitarras, banjo, blues harp), Vasco Condessa (piano, orgão), Gito (contrabaixo), Tiago Albuquerque (sax alto, clarinete, guitarra) e Miguel Lima (bateria e percussões). De 6ªf, 30, a 2ªf, 2 de Fevereiro, a partir das 22h, no Parque das Nações.

Finalmente, os pianistas Filipe Melo e Júlio Resende juntam-se, este sábado, na mesma sala- o Auditório do Instituto Franco-Português- mas as actuações são em solo absoluto. Sábado, 31, às 21.30.

Bons concertos e bom fim-de-semana!

                                                                                        Esperanza Spalding (foto Johann Sauty)

Uma semana antes do concerto no CCB, que marca o regresso de Esperanza Spalding a Lisboa, falamos brevemente com a cantora-compositora-contrabaixista que abandonou o violino e o clarinete, aos 15 anos, para se dedicar ao contrabaixo. 10 anos depois, "a melhor baixista acústica em ascensão", como lhe chamou a revista Down Beat, tem dois discos editados, Junjo, e o novíssimo Esperanza, e um convite de Joe Lovano para integrar o novo projecto do saxofonista, o 5teto Us Five, que acaba de ser registado em disco.

No próximo dia 1 de Fevereiro, Esperanza Spalding está ao vivo no CCB, em 4teto, com Leo Genovese (piano), Ricardo Vogt (guitarra) e Otis Brown (bateria).

O Discofonia está disponível, em podcast, aqui.

Com Mafalda Costa

2ªf., 26 de Janeiro- 18h

      Sarah Vaughan                            Esperanza Spalding

As interpretações históricas de Sarah Vaughan, no álbum the Great American Songbook, com gravações das décadas de 40 e 50, são o grande destaque desta noite. Dois temas deste disco abrem, assim, cada uma das horas do nosso programa.

Em torno das meias-horas, fazemos um salto no tempo até aos nossos dias para conhecer melhor Esperanza, o mais recente álbum de Esperanza Spalding, a cantora e contrabaixista norte-americana, de 24 anos, que é quase uma "next big thing" do jazz contemporâneo... e que tem visita marcada a Lisboa, ao vivo no CCB, a 1 de Fevereiro próximo.

Com Ricardo Belo de Morais

Sábado, 24 de Janeiro- das 20h às 24h

... Spalding, Esperanza Spalding. Muito se tem já falado desta cantora e contrabaixista, que aprendeu por si própria, aos 5 anos, a tocar violino. Aos 15 anos já actuava com regularidade com a Chamber Music Society do Oregon mas foi nessa altura que descobriu, por mero acaso, o contrabaixo. Apenas 5 anos depois terminava os seus estudos no Berklee College of Music e de aluna passava a professora- a mais jovem de sempre na história da prestigiada escola norte-americana de música. Esperanza, o seu segundo disco, tem levado a cantora-contrabaixista-compositora a festivais de todo o mundo, de Las Palmas a Copenhaga, de Varsóvia a São Paulo.

No próximo dia 1 de Fevereiro está em Lisboa, no CCB, em 4teto. Vale a pena ficar atento às emissões da manhã da próxima semana, em 90.4 fm.

No vídeo, Esperanza Spalding canta She Got to You, do seu álbum Esperanza, no programa de Jimmy Kimmel, do canal norte-americano ABC.