Dimoné, Françoise Hardy

As tardes de domingo voltam às novidades francófonas, neste mês de Setembro, e hoje descobrimos Madame Blanche, terceiro disco de Dimoné- Dominique Terrieu de seu verdadeiro nome- que a imprensa francesa situa na linhagem de Alain Bashung, Gainsbourg e Daniel Darc, ou seja, no universo dos escritores de canções que declinam os sentimentos e as emoções pessoais sem fugir da tensão, em ambientes pop/ rock que têm na guitarra, ou no piano, o seu ponto de partida. Dimoné é multi-instrumentista e neste seu terceiro álbum faz o gosto ao dedo ao tocar guitarra, baixo e ukulele, mas também melódica, mandolim e teclas.

No feminino, La Pluie sans Parapluie, o novo disco de Françoise Hardy, continua a merecer destaque no 100% Francês. A cantora "cujos discos se quer amar antes mesmo de os ouvir"- como escreveu a revista Télérama- tem desta vez ao seu lado compositores como La Grande Sophie, Arthur H., Ben Christophers, Thierry Stremler e Jean-Louis Murat. Já Noir Sur Blanc, o tema que hoje descobrimos, no qual Hardy confessa a sua paixão pela escrita, tem música de Calogero e letra da cantora, com Patrick Loiseau.

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Com Ricardo de Matos

Domingo, 19 de Setembro- 16h

Seis anos depois de Tant De Belles Choses, Françoise Hardy regressa às canções num disco pop e, inevitavelmente, melancólico. A cantora esquiva, que decidiu pôr a nu a sua vida no livro Le Désepoir des Singes et Autres Bagatelles (2008), percorrendo abertamente as relações musicais e pessoais com Thomas Dutronc, Etienne Daho, Salvador Dali, Patrick Modiano, Mick Jagger, Serge Gainsbourg, Bob Dylan, Benjamin Biolay e, claro, o seu companheiro Jacques Dutronc, teria, a uma primeira leitura, encerrado o capítulo musical, como anunciou por diversas vezes. Mas eis que surge agora La Pluie Sans Parapluie, novo disco, lançado aos 66 anos. Nele se encontram canções escritas por Alain Lubrano, cúmplice de longa data, e outras de Arthur H, Thierry Stremler, Calogero, JL Murat, La Grande Sophie e Ben Christophers.

Outra das estreias do fim-de-semana é La Tête à L'Envers, o primeiro álbum pop de Cécile Hercule. Depois de dar a sua voz ao último disco de MiCkey 3D, a cantora tem agora a colaboração, na voz e na produção, de Michaël Furnon (MiCkey 3D).

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Com Ricardo de Matos

Domingo, 23 de Maio- 16h

Mais uma tarde de descobertas francófonas, este domingo, quer de nomes consagrados como de jovens talentos. Os Indochine, um dos grupos mais antigos de rock alternativo em França, regressam com o seu 11º disco de originais, La République des Méteors, sombrio e cru, e inspirado em temas como a guerra, o medo, a ausência e a separação amorosa. O grupo, que celebra 3 décadas de carreira no próximo ano, foi convidado pela Fnac francesa a compilar as suas referências musicais em disco na altura do lançamento do novo álbum: Carte Blanche, a colectânea disponível em França, trazia temas de Bowie e Joy Division, The Stone Roses e XTC, mas também de Anthony & the Johnsons e Santogold.

La Tendresse des Fous é outra descoberta de hoje- o terceiro álbum de Manu da Silva, uma nova voz da chanson que tem vindo a conquistar os ouvidos mais atentos.

Para além de recordarmos Claude Nougaro, e a sua paixão pelo jazz, damos ainda os parabéns a Françoise Hardy, nascida em 1944.

Com Ricardo de Matos

Domingo, 17 de Janeiro- 16h