A série de 10 episódios aTensãoJAZZ, que tem vindo a ser transmitida na RTP2 desde 1 de Maio, chega ao fim no próximo domingo, 3 de Julho. Com guião, entrevistas e textos de Rui Neves, director artístico do Jazz em Agosto, entre outras mostras de jazz, e realização de Paulo Seabra, aTensãoJAZZ propõe uma história do jazz feito em Portugal, com testemunhos de músicos, estudiosos, críticos e promotores de festivais. Depois da sua exibição televisiva, a série deverá ter uma versão comercial, com edição prevista para o final de 2011 ou inícios de 2012.
Dia do Armistício, Monumento ao Soldado Desconhecido, Arco do Triunfo (daqui)
No seu espaço de comentário e informação, o advogado e consultor político Nuno Wahnon Martins radiografa os temas da actualidade internacional que marcaram a semana, com especial atenção para os assuntos que mais directamente se relacionam com o dia-a-dia político, económico e social do espaço da União Europeia. Esta semana:
- Como eles se tornaram Franceses - A publicação de "Ils Sont Devenus Français", de Doan Bui e Isabelle Monnin, relata a história de dezenas de figuras públicas que se naturalizaram Francesas. É um livro que relata histórias de imigrantes, mas também a História da França.
- O dia do Armistício - Um pouco por toda a Europa, comemorou-se o fim da I Guerra Mundial. Mas essa data é esquecida por muitos que participaram neste conflito - que originou a Europa na qual vivemos hoje em dia.
Historiador, poeta, ensaísta e investigador da Universidade de Lisboa, José Eduardo Franco é o convidado de Mendo Henriques no Perguntas Proibidas da semana, em parceria com o Instituto da Democracia Portuguesa. O Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal, editado no início do mês pela Gradiva, e com direcção do autor, partilhada com José Augusto Mourão e Ana Cristina da Costa Gomes, é a obra mais recente do historiador, que tem publicado estudos sobre o Padre António Vieira, os Jesuítas e os Jardins do Mundo. Em entrevista, José Eduardo Franco fala da obra agora publicada pela Gradiva, do estudo sobre os Jesuítas, que acaba de ser editado em França, e de anteriores congressos e trabalhos- e do impacto cultural destas iniciativas, levadas a cabo com grande número de parcerias e envolvendo grande movimentação cultural.
William Gottlieb, o jornalista que primeiro teve uma coluna de jazz num jornal, o Washington Post, e o jornalista-fotógrafo da revista Down Beat, mais tarde, documentou uma época dourada do jazz- a de finais de 30 até finais da década de 40- através de fotografias de músicos, managers, públicos, clubes e lojas. 200 dessas célebres fotografias estavam disponíveis no já célebre manual The Golden Age of Jazz, de Gottlieb. Desde inícios de 2010, contudo, a norte-americana Library of Congress, guardiã de toda a colecção, está a disponibilizar no flickr as cerca de 1600 fotos de Gottlieb, que passaram a ser de domínio público, como era desejo do autor. A obra de William P. Gottlieb pode ser consultada aqui.
Jackie McLean on Mars
Já circula pela internet um documentário de Ken Levis consagrado ao compositor, professor e saxofonista alto Jackie McLean (1931-2006). Jackie McLean on Mars, com data de 1980 e pouco mais de meia hora de duração, mostra o histórico do jazz nas suas aulas, em concerto e em entrevista, elaborando sobre as suas ideias musicais. Uma preciosidade, aqui.
Debate político avesso ao politicamente correcto com um pé na blogosfera.
- Candidatura presidencial à direita – A promulgação do casamento homossexual continua a dar que falar entre alguma direita portuguesa, desagradada com a actuação de Cavaco Silva e a argumentação utilizada. O voto em branco ganhou novos adeptos?
- Crise em Gaza – A abordagem dos Israelitas à auto-denominada "flotilha da liberdade" parece ter sido uma armadilha bem montada contra Israel. No meio destes últimos acontecimentos, qual o papel regional de Estados como a Turquia e o Irão?
- Educação sexual e liberdade – Com a entrada em vigor da lei sobre a educação sexual, esta passa a ser obrigatória nas escolas, com uma orientação pré-determinada pelo Estado. Mas não será também a liberdade na educação os pais decidirem o que os seus filhos devem aprender?
- História esquecida – Algumas crianças do agrupamento escolar de Aveiro vão desfilar com a farda da Mocidade Portuguesa, num projecto destinado a reviver os últimos 100 anos de história e que contou com o pronto protesto do Bloco de Esquerda. Há uma parte da República que deve ser esquecida?
Em 27 de Setembro de 1910, o rei D . Manuel II presidia no Buçaco ao 1º centenário da Batalha do Buçaco. Cem anos depois, o que está ser feito em em vários países europeus para evocar a Guerra Peninsular (1807-1814)?
Em parceria com o Instituto da Democracia Portuguesa, Manuel Amaral e Mendo Henriques conversam com Clive Gilbert e Paul Bernard sobre a memória dos eventos de há duzentos anos, uma das fases trágicas da Europa Desunida, hoje ultrapassadas pela União Europeia. As novidades editoriais nesta área, as iniciativas da sociedade civil e as conferências em vários países têm chamado a atenção de especialistas mas o grande público não tem sido motivado para estes eventos grandiosos.
Inocêncio Camacho, à varanda dos Paços do Concelho, depois de proclamada a República (daqui)
Esta semana, o Europa Entrevista convida a historiadora Maria Fernanda Rollo, membro da Comissão para as Comemoraçõesdo Centenário da República- para fazer uma viagem ao passado, ao Portugal de 1910, e perceber como a República substituiu 800 anos de Monarquia.
Entre as recomendações do W's para a semana destacamos aqui toda a informação musical disponível no sítio da Meloteca, que cumpriu, em 2008, cinco anos de existência. De Dicionários a Cronologias várias, de compositores nacionais e estrangeiros, passando por contactos de instituições e uma discoteca, a Meloteca oferece informação preciosa sobre a música erudita.
Em Guerra Colonial encontramos a história pormenorizada do período entre 1961 e 1974, com dados sobre o país no pós II Guerra Mundial, o contexto internacional, as doutrinas, as operações e as feridas de guerra, com um dossier estatístico e uma galeria multimédia.
Por fim descobrimos ainda os Geoparques do país, o turismo da natureza e actividades associadas em Naturtejo.
Tem uma carreira que já ultrapassou os 50 anos e que acompanhou a história do jazz: Sonny Rollins começou por tocar piano, adoptou depois o saxofone alto e finalmente mudou para o saxofone tenor que tanto o identifica.
Nasceu e cresceu no Harlem, onde era assíduo frequentador dos cinemas do bairro e de onde retirou grande parte da sua inspiração musical. As canções de compositores como Jerome Kern para filmes como Swing Time, com Fred Astaire e Ginger Rogers, ficaram-lhe na memória ao longo dos anos e aparecem frequentemente na discografia do saxofonista. A outra fonte de inspiração de Rollins encontra-se na rádio, que ouvia todos os dias, enquanto jovem. Das centenas de canções que tem nas pontas dos dedos, Sonny Rollins tem feito um percurso marcado pela força expressiva do seu tenor e pela improvisação harmónica.
Da história da sua vida são bem conhecidas as colaborações com J.J. Johnson e Bud Powell, nos primeiros anos, com Miles Davis e Thelonious Monk na década de 50, e o seu papel no 5teto de Clifford Brown e Max Roach.
A partir daí, e enquanto líder, gravou Saxophone Colossus (56), Way Out West e outros 6 discos só no ano de 57- que foi também o ano em que inaugurou o trio de saxofone, contrabaixo e bateria- e afirmou-se como compositor- Oleo, St. Thomas, Doxy ou Airegin são hoje standards do jazz. Os períodos sabáticos do saxofonista são hoje também histórias célebres do jazz, sobretudo os 3 anos (59- 62) em que, descontente com a sua forma de tocar, interrompeu toda a actividade de concertos e gravações, para praticar, horas a fio, debaixo da Williamsburg Bridge, em Nova Iorque.
Com mais de 100 discos gravados, Rollins continua a compôr e a tocar, e o seu disco de estúdio mais recente, Sonny, Please, foi lançado em 2006.
No vídeo acima, o clássico 52nd Street Theme, de Monk, é abordado em 4teto, em 1963, para a televisão italiana, com Sonny Rollins, Don Cherry (trompete), Henry Grimes (contrabaixo) e Billy Higgins (bateria)- o mesmo grupo que gravou Our Man in Jazz (em 62 e 63).