A L.U.M.E.- Lisbon Underground Music Ensemble- é o primeiro colectivo a subir ao palco do Jardim do Hot Clube, na penúltima noite do Festival Jazz.pt 2009. Liderada pelo pianista, compositor e arranjador Marco Barroso, a L.U.M.E. integra 15 músicos de diferentes formações e percursos, que criam uma música capaz de integrar, de forma única, o funk, a tradição do jazz e a música improvisada. Com três anos de existência, a big band está prestes a editar o seu primeiro disco, de composições assinadas por Barroso. O vídeo acima, da Lux Jazz Sessions, foi feito a partir de uma gravação ao vivo, da orquestra, em Coimbra, em Novembro de 2006. A formação completa da L.U.M.E. pode ser consultada aqui.

Ao vivo esta 6ªf, 11, no Hot Clube, a partir das 22h, e sábado, 12, no Teatro Municipal Garcia de Resende, Évora, às 22h.

O segundo concerto desta noite é do trio do saxofonista tenor, clarinetista baixo e flautista japonês Nobuyasu Furuya, radicado em Berlim e há cerca de um ano a colaborar com músicos portugueses. De formação diversificada, que inclui o estudo da música barroca europeia, o ska e o free jazz, entre outras, Furuya apresenta agora Bendowa (Clean Feed), o primeiro disco gravado com Hernâni Faustino (contrabaixo) e Gabriel Ferrandini (bateria). Trio a ouvir esta 6ªf, 11, no Hot Clube, a partir das 24h.

Em Évora, o clarinetista Paulo Gaspar presta tributo a Benny Goodman, "rei do swing", nascido há 100 anos. O projecto teve estreia ao vivo este ano no Festival Valado dos Frades, Nazaré, e ouve-se esta 6ªf, 11, no Teatro Garcia de Resende, a partir das 22h. Com Paulo Gaspar tocam o vibrafonista Jeffery Davis, o pianista Óscar Graça e o baterista Eduardo Lopes.

O segundo concerto da noite, a Sul, é do projecto Murmure, do saxofonista e flautista italiano Riccardo Luppi, a que demos destaque aqui mesmo há uns dias. 6ªf, 11, no Espaço Celeiros de Évora, às 24h, e sábado, 12, no Jardim do Hot Clube, Lisboa, às 22h.

O último dia do Festival Jazz.pt 2009 começa, em Lisboa, justamente com o projecto Murmure, de Riccardo Luppi, às 22h. A formação que encerra o Festival é o projecto Communion do baterista João Lencastre, com Phil Grenadier (trompete), Benny Lackner (piano) e Thomas Morgan (bateria). O vídeo acima foi captado no Out Jazz de 2008, em Lisboa- João Lencastre foi acompanhado, nesse concerto do Campo Grande, pelo contrabaixista Hugo Antunes e pelo pianista João Paulo.

Sábado, 12, no Hot Clube, a partir das 24h.

Em Évora, o último dia do Festival dá a ver e a ouvir a L.U.M.E., no Teatro Garcia de Resende, às 22h, e o 4teto do vibrafonista Jeffery Davis, que apresenta agora o seu novo disco, Haunted Gardens (Tone of a Pitch). Com o guitarrista André Fernandes, o contrabaixista Nelson Cascais e o baterista Carlos Miguel. Sábado, 12, Espaço Celeiros, Évora, às 24h.

Bons concertos!

                                                              Michel Portal, 2006 (foto de Hans Peter Schaeffer)

O Braga Jazz celebra, em 2009, 10 anos de existência com um olhar retrospectivo do festival e a gravação de um disco ao vivo. Os últimos concertos acontecem este fim-de-semana, depois das actuações do guitarrista André Fernandes, em torno de Imaginário, da dupla Dual Identity, com Steve Lehman e Rudresh Mahanthappa (registada para edição futura), e do regresso ao festival do italiano Gianluigi Trovesi.

Esta noite ouve-se o 6teto do baterista e compositor Gerald Cleaver, de Detroit, com o colectivo Violet Hour, que presta tributo à cidade natal de Cleaver e a músicos como Roy Brooks e Richard "Pistol" Allen, entre outros. O riquíssimo percurso do músico está bem documentado ao lado de Roscoe Mitchell, Marilyn Crispell, Jacky Terrasson ou Diana Krall, e nos discos recentes Gerald Cleaver's Detroit e Farmers by Nature. Os Violet Hour são formados por J.D.Allen (sax), Andrew Bishop (sax, clarinete), Chris Lightcap (contrabaixo), Jeremy Pelt (trompete), Ben Waltzer (piano) e Cleaver na bateria. 6ªf, 13, às 22h, no Theatro Circo.

Amanhã, a 10ª edição do Braga Jazz encerra com o 5teto de Marta Hugon, com o guitarrista Mário Delgado como convidado, como destacámos aqui ontem.

Em Lisboa chega ao fim o Festival Trans-Portal que deu a conhecer no São Luiz a pluralidade estética do francês Michel Portal, compositor, clarinetista e saxofonista, que tem um percurso impressionante, no jazz como na música clássica e contemporânea, sem esquecer a composição para cinema. O São Luiz, juntamente com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o 12º Encontro Internacional de Clarinetes de Lisboa, promove desde a semana passada um festival que já mostrou o músico francês em contextos tão diversos como o jazz, a música de câmara e em diálogo com Mísia. No próximo domingo, dia 15, o Trans-Portal termina com a interpretação do Concerto para Clarinete, uma das últimas obras compostas por Mozart, com Michel Portal e a Orquestra Metropolitana de Lisboa. No Jardim de Inverno, às 18h.

Esta noite, no entanto, tem lugar o Concerto de Homenagem a Guy Deplus, clarinetista que foi professor de Portal, com Deplus, Aniko Harangi (piano) e o Quarteto de Clarinetes de Lisboa, 6ªf, 13, às 21h, no São Luiz, e o concerto do pianista Júlio Resende, com Vânia Fernandes (voz), João Custódio (contrabaixo), Joel Silva (bateria) e o clarinetista convidado Stéphane Chausse, esta 6ªf, às 23.30, no Onda Jazz- dois espectáculos integrados no Festival dedicado a Michel Portal.

Amanhã, a Casa da Música recebe o 4teto do canadiano, radicado em Portugal Jeffery Davis (vibrafone, marimba), com André Fernandes (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo) e Marcos Cavaleiro (bateria). Sábado, 14, ao meio-dia, na Sala 2.

Outro concertos, a decorrer por estes dias pelo país, tiveram destaque ontem no nosso blogue.

Bom fim-de-semana!