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Esta semana Carla Hilário Quevedo escreve sobre Josef Fritzl, num texto que aqui publicamos em parceria com o jornal Meia Hora.
Josef Fritzl
As declaraçoes recentes do austríaco Josef Fritzl sobre a filha que violou e manteve fechada na cave da casa durante 24 anos, juntamente com mais uma série de filhos em conjunto, uns que adoptou, outros que encarcerou, devem ser analisadas. Diz Fritzl que "não é um monstro", que "queria proteger a filha das drogas", e que "podia ter morto todos e assim nunca ninguém saberia de nada". As palavras do déspota incestuoso foram reproduzidas com uma expressão teatral pelo seu advogado Rudolph Mayer. Se os argumentos da defesa são estes, ficámos a saber que Fritzl não é inimputável. Estamos perante uma criatura que não sabe distinguir entre o bem e o mal. Ora, não ter moral não é o mesmo que ser louco. Caso resolvido: prisão perpétua, e de preferência passada numa cave. Mas de todas as perplexidades que este caso suscita, talvez me restem duas: como é possível que a mulher do monstro não tenha investigado mais a fundo o desaparecimento da própria filha, e como conseguiu Fritzl construir aquela cave sem nenhuma interferência. Em Portugal, teríamos logo um vizinho a fazer queixa porque a ele ninguém deixava ter uma cave! Será afinal vantajosa a cobiça lusitana? Ou serão os Portugueses moralmente mais robustos do que os Austríacos? O que pensa sobre este caso?
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As opiniões que nos chegarem até 5ªf, ao final do dia, serão ouvidas na próxima 6ªf.