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jazza-me muito...

O JAZZ SUBIU-NOS À CABEÇA!

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02
Dez10

Rádio Blogue: desperdício alimentar

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Fotos Alex Caputo (daqui) e Murdo Macleod (daqui)

 

A violência doméstica foi tema de debate, esta semana, a partir da crónica de Carla Hilário Quevedo, publicada aqui em parceria com o jornal Metro. Os comentários e as reflexões sobre a questão...

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 3 de Dezembro- 10.35/ 19.35

Domingo, 5 de Dezembro- 18.35

 

O desperdício alimentar levou à iniciativa Direito à Alimentação, de restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos de restauração, lançada na próxima semana. Devem estes estabelecimentos envolver-se directamente numa rede de solidariedade social? Dê-nos a sua opinião, se preferir, através do 21. 351. 05. 90, até às 16h da próxima 5ªf.

 

Desperdício alimentar

As campanhas do Banco Alimentar Contra a Fome são cada vez mais bem sucedidas na angariação de voluntários e alimentos. Este é um indicador da capacidade solidária dos portugueses. A causa é clara e imediatamente compreendida, e é fácil contribuir. Além do mais, a instituição é credível e funciona como um intermediário entre quem para ela contribui e quem dela usufrui. A caridade genuína é desinteressada quanto aos destinatários. Não importa saber quem se ajuda. Interessa apenas que quem precisa seja ajudado. Mas quem precisa também não tem de ser lembrado da sua situação. E é por esta razão que as instituições de solidariedade social são imprescindíveis. A falta de envolvimento pessoal no donativo não será bem entendida por quem acredita nos benefícios de uma intervenção individual e activa na vida alheia. Esta questão é, no meu entender, muito delicada porque nenhum ser humano quer ser lembrado da sua situação de dependência. Não se trata apenas de evitar um constrangimento sério mas de afastar qualquer sentimento de dívida ou gratidão da parte dos destinatários dos donativos. A ausência desta ligação pessoal no acto de caridade é por isso aconselhável. E assim, o contributo anónimo é o mais indicado para estas situações. A mesma sensibilidade terá de ser tida em conta no caso da rede de solidariedade social que prevê a distribuição aos mais carenciados de refeições que não chegam a ser servidas nas cantinas e nos restaurantes. Uma notícia do Público dá nota da iniciativa, com data de lançamento previsto para 10 de Dezembro, da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que se intitula Direito à Alimentação. O maior entrave à concretização desta iniciativa, iniciada com uma petição de António Costa Pereira, parece ser o transporte. Mas apesar de a ASAE não ceder nas exigências legais das temperaturas a que a comida deve ser mantida, há muito que vários empresários despacham as refeições que sobram para quem delas precisa. É boa ideia envolver directamente os restaurantes numa rede de solidariedade social? Qual seria a melhor maneira de distribuir estas refeições?

12
Fev10

Rádio Blogue: Abusos da Lei

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                    (imagens daqui e daqui)

 

Em final de semana reflectimos sobre conversas privadas...

 

com Antonieta Lopes da Costa e Carla Hilário Quevedo

6ªf, 12 de Fevereiro- 10.35/ 19.35

Domingo, 14 de Fevereiro- 18.35

 

Abusos da lei é o tema proposto por Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Metro. Diga-nos o que pensa mais abaixo ou através do 21.351.05.90 até à próxima 5ªf, às 16h.

 

Abusos da lei

A entrada da nova Lei em Abril de 2007 permitiu que conhecêssemos a realidade dos números de interrupções voluntárias da gravidez. Segundo dados avançados pelo Diário de Notícias, a partir de Julho de 2007, realizaram-se 6287 abortos. Em 2008, 15960. A Direcção-geral de Saúde divulgou os dados do primeiro semestre de 2009, que apontam para 9667. No ano passado, na Maternidade Alfredo da Costa, 1425 das 1632 mulheres que interromperam a gravidez não usavam qualquer contraceptivo. A propósito desta percentagem elevada, Jorge Branco, coordenador do Plano Nacional de Saúde Reprodutiva, declarou ao Diário de Notícias que «[é] incrível a desresponsabilização de alguns casais» e manifestou a sua preocupação com o facto de uma parte considerável dos casos (468) serem de mulheres que não abortavam pela primeira vez. A lei a favor da interrupção voluntária da gravidez foi recebida com aplausos e críticas. Uma das reservas que apareceu na altura da discussão que antecedeu o referendo foi precisamente a de esta lei poder vir a permitir exageros e o aborto vir a ser usado como um método contraceptivo. Admito que nunca acreditei que tal fosse possível. Nem tanto por causa das dúvidas morais de cada um, mas porque, desde os preservativos à pílula do dia seguinte, a sociedade não podia ter mais meios para impedir a gravidez. Mas face aos números que agora se conhecem, há que assumir as falhas na prevenção e perceber, como referiu o director executivo da Associação para o Planeamento da Família, Duarte Vilar, «em que situações é que as mulheres correm riscos e se estão conscientes desse risco». O risco não é, evidentemente, apenas o da gravidez indesejada. Helena Sacadura Cabral, no seu blogue Fio de Prumo, a propósito da reincidência na interrupção da gravidez, pergunta o que pensam fazer as autoridades sanitárias para corrigir e alterar esta situação. Estamos perante um problema de ignorância, indiferença ou abuso da lei?

08
Jan10

Rádio Blogue: A burqa em França

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          Fotos de Gonzalo Fuentes e Farid Alouache/ Reuters, em França

 

Neste final de semana regressa o Rádio Blogue, com um tema de debate proposto por Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Metro. Deixe o seu comentário mais abaixo ou através do 21.351.05.90 até às 16h da próxima 5ªf.

 

A burqa em França

Nicolas Sarkozy declarou no Verão que o uso do véu islâmico integral ou burqa «não era bem-vindo em França». Quase cinco anos após a proibição de símbolos religiosos nas escolas, o governo francês preparava-se para aprovar uma lei que proíbe o uso da burqa no espaço público. No entanto, Benoît Hammon, porta-voz do partido socialista francês, manifestou que o partido da oposição não é favorável à nova lei, embora seja contrário ao uso da burqa por ser «uma prisão para as mulheres». Acrescentou ainda que não compete ao Estado avaliar a boa ou má interpretação do Corão, questionando a legalidade da proposta. Cerca de duas mil mulheres usam a burqa e o niqab em França. Usada no Afeganistão, sobretudo fora das cidades, até à chegada dos talibãs ao poder, esta peça controversa de vestuário consiste num pano que cobre a mulher do topo da cabeça aos tornozelos, com uma rede a tapar a cara. A quem defende que toda a gente tem o direito de vestir o que muito bem quiser, sugiro que dê um passeio sem roupa na via pública e depois relate as consequências. O exibicionismo da burqa deve prever as mesmas penas e assim o seu uso será desencorajado. Falo do exibicionismo descarado desta forma de opressão sobre as mulheres. Só por esta razão, é de felicitar a intolerância corajosa do Presidente francês a esta forma de prepotência aberrante, que não pode ter lugar num país europeu. Na minha opinião, a burqa simboliza a tirania do fundamentalismo islâmico, e encolher os ombros, fazendo de conta que não é nada connosco, é algo de que nos devemos envergonhar. As diferenças entre os símbolos religiosos como o crucifixo, o elegante lenço na cabeça, o «kippah» e a burqa estão bem à vista. Um lenço a cobrir a cabeça pode ser um testemunho de fé. Esconder-se, tapando-se de cima a baixo, é um manifesto de submissão. Uma sociedade livre pode aceitar ostentações de escravidão? Por sermos democráticos e ocidentais somos obrigados a permitir manifestos contra o nosso conceito de dignidade humana?

10
Set09

Rádio Blogue: Publicidade agressiva

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No primeiro programa da rentrée, o Rádio Blogue ouve as opiniões dos ouvintes sobre a importância dos debates eleitorais para as próximas legislativas.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 11 de Setembro- 10.35/ 19.35

Domingo, 13 de Setembro- 18.35

 

Nos dias que aí vêm queremos saber o que pensa sobre a publicidade agressiva. O texto é, como sempre, de Carla Hilário Quevedo, publicado aqui e no jornal Metro. Pode dar-nos a sua opinião também através do 21.351.05.90 até à próxima 5ªf, às 16h.

 

Publicidade agressiva

 

A organização alemã sem fins lucrativos Regenbogen (Arco-Íris, em português) apoiou uma campanha publicitária de prevenção da sida que tem sido alvo de forte controvérsia. Concebido para assinalar o Dia Mundial da Sida no próximo dia 1 de Dezembro, o anúncio televisivo mostra um homem e uma mulher a ter relações sexuais até ao momento em que a cara do homem é revelada e vemos um sósia de Adolf Hitler. O slogan da campanha é «a sida é um assassino em massa». Estaline e Saddam Hussein foram as outras duas figuras escolhidas para aparecer nos cartazes da mesma campanha idealizada pela agência de publicidade de Hamburgo, Das Comitee. O anúncio protagonizado pelo sósia de Adolf Hitler foi entretanto retirado do YouTube e organizações como a britânica National Aids Trust expressaram o seu repúdio pelo modo como o anúncio estigmatiza os doentes com sida e apenas reforça o preconceito contra estas pessoas. Será culpa, será marketing, bom gosto não será certamente, mas a sida também mata assim. O pormenor que salta à vista é a utilização de Adolf Hitler numa campanha de publicidade alemã. Os alemães não são famosos pela subtileza mas são bem conhecidos pela culpa. O marketing não é menos agressivo que o que tem vindo a ser utilizado em campanhas de prevenção rodoviária. A mensagem acaba também por ser a mesma: tanto os acidentes de viação como a transmissão da sida têm responsáveis. E é esta responsabilização que escandaliza as organizações de luta contra a sida. A ideia de o contágio acontecer por decisão ou negligência criminosas raramente é mencionada e isso compreende-se. Há que educar as pessoas em vez de as alarmar. Estima-se que até agora mais de trinta milhões de pessoas por todo o mundo tenham morrido na sequência desta terrível doença. Apesar das campanhas de alerta e dos métodos de prevenção, a sida mata actualmente cerca de seis mil pessoas por dia. O que pensa desta campanha publicitária? O que significa comparar uma epidemia a um genocídio?

 

Para ver o vídeo mencionado acima clique aqui.

04
Set09

Rádio Blogue: Debates Eleitorais

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         Edição de Julho 2009                        (imagem daqui)

 

A rentrée, em 90.4 fm, traz mudanças para o Rádio Blogue, que passa a ser uma parceria com o jornal Metro. Os temas propostos, a cada semana, continuam, no entanto, a ser da autoria de Carla Hilário Quevedo, que assina o texto abaixo.

Nos próximos dias pode dar-nos a sua opinião sobre os debates eleitorais, a propósito das eleições legislativas de dia 27 de Setembro. Basta escrever mais abaixo ou deixar a sua mensagem em 21.351.05.90. Todas as opiniões são bem-vindas até à próxima 5ªf, às 16h.

 

Debates eleitorais

Depois da notícia chocante de nestas eleições não haver debates entre os líderes dos principais partidos com assento parlamentar, as três televisões uniram esforços para não deixar passar a oportunidade única de esclarecer os eleitores mais confusos e de acordar os mais anestesiados. Numa reunião tipicamente portuguesa, com oito horas de duração, o modelo dos debates e os respectivos pares de candidatos foram por fim conhecidos. Aos quinze minutos para as nove da noite dos próximos dias, assistiremos a dez debates, cada um de quarenta e cinco minutos, entre os candidatos a primeiros-ministros de Portugal; excepção feita para o último, a 12 de Setembro, uma espécie de choque de Titãs, que obrigará José Sócrates e Manuela Ferreira Leite a permanecerem juntos no mesmo local durante sessenta minutos. Das regras fixas para todos os canais faz parte um sorteio que determina quem se senta onde, a quem é feita a primeira pergunta e quem fala por último, apesar de não necessariamente melhor. Uma nota a favor deste modelo: os debates são curtos. A ideia de que «é pouco tempo para informar as pessoas» pode estar generalizada mas é falsa. Quanto tempo seria preciso para ficarmos esclarecidos? Oito horas? O candidato que não for capaz de dizer ao que vem nos cerca de vinte minutos limpos em cada confronto também nunca será capaz de o fazer em mais tempo. Esta é uma vantagem preciosa para espíritos sintéticos e incisivos como, por exemplo, o de Paulo Portas. Jerónimo de Sousa, José Sócrates e Francisco Louçã, todos intrinsecamente repetitivos, podem não ser tão beneficiados pela brevidade. Vinte minutos de ostensivas repetições são uma eternidade. Por ser uma forte candidata à vitória nestas eleições, muito é esperado de Manuela Ferreira Leite. Resta saber se as eleições são mesmo disputadas nestes dez combates televisivos. Qual é a capacidade de influência destes frente-a-frente? Vota mais na pessoa e não tanto no programa e muito menos no partido? Muda de ideias acerca dos candidatos depois de os ouvir a debater uns com os outros?

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