(imagem daqui)
No Rádio Blog de hoje recuperamos os comentários do tema a imagem dos advogados.
Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa
6ªf, 9 de Outubro - 10h35/ 19h35
Domingo, 11 de Outubro- 18h35
Roman Polanski é o tema proposto por Carla Hilário Quevedo para os próximos dias, em parceria com o jornal Metro. Deixe-nos o seu comentário mais abaixo ou através do 21.351.05.90 até 5ªf, às 16h.
Em 1977, Roman Polanski foi detido e acusado de ter violado uma rapariga de 13 anos. Na altura o realizador polaco declarou-se culpado, mas antes de ouvir a sentença, fugiu dos Estados Unidos, país ao qual nunca mais regressou. Passaram mais de trinta anos, a vítima, Samantha Geimer, entretanto perdoou publicamente ao agressor e continuou a sua vida. Indiferente ao perdão da vítima, o tribunal não encerrou o caso. A sentença manteve-se em suspenso, e as autoridades tentaram várias vezes deter Polanski em deslocações a festivais de cinema, por exemplo, à Tailândia ou a Israel. Há poucas semanas, quando chegou à outrora neutra Suíça, acabou finalmente por ser detido. Roman Polanski é, para resumir, um fugitivo à justiça que foi apanhado. Aparentemente há questões mais difíceis de resolver que esta. Polanski era apanhado e extraditado para Los Angeles, onde seria julgado e cumpriria a pena que tinha a cumprir. A pena, entretanto, pode ir até aos cinquenta anos na prisão. Não querer cumpri-la foi o que levou Polanski a fugir, mas passado tanto tempo, talvez agora algum amigo do realizador talvez lhe pudesse dizer que o mais sensato seria aceitar a inevitabilidade do destino. Mas os amigos europeus de Polanski resolveram alegar o argumento da superioridade dos artistas sobre os comuns dos mortais e aqui tudo se complica. Pedro Almodovar, Monica Bellucci, Ettore Scola e Wim Wenders são algumas das pessoas que afirmam que um artista como Roman Polanski não deve ser incomodado com pormenores jurídicos irrelevantes. O argumento de que um realizador talentoso pode estar acima da lei é inaceitável para grande parte da opinião pública. Luc Besson demarcou-se desta posição, alegando que ninguém pode ficar de fora do sistema de justiça, nem um realizador galardoado com um Óscar. O que pensa deste caso? Os artistas têm razão em exigir um tratamento especial perante a lei? Os casos de abusos a menores devem prescrever?