Rádio Blog: A professora de Espinho
(imagem Wikipédia)
Amanhã é dia de ouvirmos os comentários de todos sobre os distúrbios no Bairro da
Bela Vista, tema de debate nos últimos dias...
com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa
6ªf., 22 de Maio- 10.35
Domingo, 24 de Maio- 18.35
O caso da professora de história de Espinho levanta várias questões e é tema de discussão para os próximos dias, numa proposta de Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Meia Hora. Dê-nos a sua opinião mais abaixo ou através do 21.351.05.90 até 5ªf, às 16h.
A professora de Espinho
A professora da Escola EB 2-3 Sá Couto, em Espinho, que foi suspensa e é alvo de um inquérito disciplinar por abordar questões sexuais de forma imprópria numa sala de aula, pode incorrer numa pena que vai da simples repreensão à demissão, passando pelo pagamento de uma multa ou pela suspensão do cargo. Há quem considere que a situação não é tão grave como apareceu pintada. Há mesmo alunos que elogiam sem reservas a dedicação e o cuidado que esta professora tem tido com eles. Aparentemente, a educadora passa por autoritária e bruta, mas a única prova de que dispomos deste comportamento é a famosa gravação. Talvez use as suas tiradas sobre sexo para exercer o seu poder na sala de aula, enquanto humilha os alunos. Pode até ser. Mas penso que não podemos descartar a possibilidade de esta senhora ser bem-intencionada e estar realmente preocupada com o despertar da sexualidade nos adolescentes. É certo que a delicadeza e a subtileza não são o seu forte, mas as maneiras bruscas e dominadoras podem levar ao engano. A cobertura jornalística do caso ajudou à condenação imediata e irreflectida da professora? A gravação não autorizada da aula terá sido uma manobra dos estudantes para prejudicar a docente? Se é de facto uma má profissional, porque há tantos alunos a defendê-la?