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jazza-me muito...

O JAZZ SUBIU-NOS À CABEÇA!

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29
Jul10

Rádio Blogue: Proibir as touradas

jazza-me

Manifestação, Espanha; "Tourada à Portuguesa", de Victor Lages

 

Este fim-de-semana ouvimos os comentários à contrução do muro em volta do Bairro das Pedreiras, em Beja...

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 30 de Julho- 10.35/ 19.35

Domingo, 1 de Agosto- 18.35

 

Para o último debate antes das férias de Agosto, Carla Hilário Quevedo escolhe a proibição das touradas. Depois da Catalunha, podemos esperar um desfecho semelhante em Portugal para as tradicionais touradas? Dê-nos a sua opinião mais abaixo ou através do 21.351.05.90, até às 16h da próxima 5ªf. O Rádio Blogue é uma parceria com o jornal Metro.

 

Proibir as touradas

Na Catalunha, uma petição assinada por 180 mil pessoas que exigiam o fim das touradas levou a que o parlamento agisse. A iniciativa legislativa popular foi aprovada com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções. O movimento de cidadania foi determinante na mudança da lei, e a partir de 2012, a praça de touros de Barcelona ficará vazia. A proibição das touradas na Catalunha é uma vitória importante para todos os que se opõem a uma tradição que consiste em infligir sofrimento a animais. A ideia de proibir uma actividade alegadamente tradicional como as touradas é por norma desconfortável aos partidos da direita. Para os liberais, a intervenção estatal é mal vista; quanto aos conservadores, por natureza resistentes à mudança, a tradição fala mais alto. O apoio dos partidos de esquerda aos movimentos anti-touradas terá também contribuído para a direita tomar uma posição contrária no debate. Não sei, no entanto, como pode sustentar argumentos tão frágeis. Nem a proibição nem a tradição são conceitos intocáveis, pois há proibições boas e tradições más. Não faltam exemplos na história de tradições proibidas por ofenderem a dignidade humana. A escravatura é um exemplo de uma tradição felizmente banida em todo o mundo. Os crimes de abuso sexual a crianças não se encontravam definidos como tal há sessenta anos, mas a sociedade entendeu que os mais frágeis tinham de ser juridicamente protegidos. É o mesmo repúdio a actos de crueldade que subjaz ao dever de proibir as touradas. É provável que o meu argumento preferido contra as touradas seja mais religioso que ideológico, mas penso que não tem de ser caro apenas aos crentes. Infligir sofrimento deliberadamente, por divertimento e soberba, a qualquer criatura de qualquer espécie é um acto de barbárie. Amarmos os outros como a nós próprios nem sempre é fácil. Mas desta dificuldade não faz parte uma necessidade de causar sofrimento a nenhuma criatura no planeta. Porque é que as touradas devem ser proibidas?

12
Mar10

Rádio blogue: Touradas e cultura

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                      Lisboa, Campo Pequeno, 2007 (imagem daqui)

 

Em final de semana ouvimos os comentários que nos chegaram nos últimos dias sobre o bullying nas escolas.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 12 de Março- 10.35/19.35

Domingo, 14 de Março- 18.35

 

Tourada e cultura é o novo tema escolhido por Carla Hilário Quevedo, em parceria com o jornal Metro. Pode dar-nos a sua opinião mais abaixo ou, se preferir, através do 21.351 05 90, até às 16h da próxima 5ªf.

 

Touradas e cultura

Foram criadas duas novas secções no recuperado Conselho Nacional de Cultura: artes e tauromaquia. O anúncio está a suscitar polémica, não por causa da secção das artes, mas por a bizarra secção de tauromaquia. A Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, afirmou que «[a] tauromaquia existe e movimenta 650 mil espectadores. É nossa obrigação cumprir a lei e a lei diz que temos que a regular». A existência da secção é justificada porque a tauromaquia é uma das áreas que faz parte das competências do Ministério da Cultura e está sob a alçada da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC). Garantir, por exemplo, a segurança dos espectáculos artísticos é uma das suas competências. Encontramos o primeiro problema, talvez o mais superficial, nestas declarações da Ministra da Cultura. Se a função do Ministério da Cultura se esgota no cumprimento de leis, e não inclui suscitar perguntas quanto ao que se entende por «espectáculo artístico», então este é um organismo do Estado supérfluo. Se a burocracia fala mais alto na Cultura, será mais que suficiente um departamento ou mesmo um pequeno gabinete que trate da papelada. O segundo problema, bastante mais sério, é o sofrimento dos animais. Se considerarmos que um espectáculo artístico pode consistir em infligir sofrimento em animais para gáudio de um certo número de pessoas, então por que razão havemos de excluir da regulamentação as lutas de cães, por exemplo? Se o interesse do público e a receita da bilheteira são o mais importante não há como defender que as touradas são boas e as lutas de cães são más. Mesmo que as últimas, apesar de existirem, sejam ilegais. Há procura daí a oferta. Não interessa, portanto, o que se está a oferecer. Para os 650 mil consumidores de touradas em Portugal, Gabriela Canavilhas é uma óptima Ministra da Cultura. Elogiada pelo crítico de tauromaquia do Correio da Manhã, Gabriela Canavilhas depressa passou a Gabriela ‘Bandarilhas’ por defensores do direito dos touros a serem deixados em paz. As touradas devem ser proibidas? Se não, porque não?

18
Fev10

Rádio Blogue: Ray Gosling

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                         Ray Gosling (imagem de vídeo)

 

Este fim-de-semana, como habitualmente, ouvimos as opiniões de todos sobre o aborto e os abusos da lei.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 19 de Fevereiro- 10.35/ 19.35

Domingo, 21 de Fevereiro- 18.35

 

Nos próximos dias queremos saber a sua opinião sobre o acto do jornalista Ray Gosling, que matou o amante para pôr fim ao sofrimento do companheiro, doente com SIDA. O texto de Carla Hilário Quevedo é publicado aqui em parceria com o jornal Metro. Pode deixar-nos o seu comentário através do 21.351.05.90, se preferir, até às 16h da próxima 5ªf.

  

Ray Gosling

O repórter Ray Gosling, de 70 anos, surpreendeu os espectadores do programa da BBC «Inside Out» com uma revelação invulgar. Perante a confirmação dos médicos de que não haveria maneira de aliviar o sofrimento do jovem Bryn Allsop, a morrer de sida, Ray Gosling admitiu tê-lo sufocado com uma almofada. Depois desta confissão, o jornalista foi detido pela polícia de Nottingham e recusa-se a colaborar com as autoridades. Explica que fizera um pacto com o amante, em que ambos tinham prometido agir assim no caso de ficarem doentes e sem alívio para a dor. Ray Gosling chama ‘suicídio assistido’ ao acto que cometeu há cerca de vinte anos. Bob Dickinson, produtor da Radio 4, declarou ter ficado chocado com as declarações do amigo, que descreveu ao Times como uma pessoa «muito humana» e «obcecada com a importância das vidas das pessoas comuns». Alan Horsfall, activista dos direitos dos homossexuais, amigo do jornalista há quarenta anos, explica que Gosling lhe contou há anos o que fizera e que nunca tinha pensado que fora um crime. Outros amigos conheciam a história há mais de dez anos e todos punham de parte a ideia de que a acção fora criminosa. O Suicide Act prevê uma pena que pode ir até aos catorze anos de prisão para o crime de cumplicidade na morte de outra pessoa. Pouco depois de o escritor Martin Amis ter defendido a criação de «barraquinhas de eutanásia em cada esquina, onde as pessoas de idade pudessem acabar com a sua vida com um martini e uma medalha», o caso de Ray Gosling promete intensificar um debate já longo em Inglaterra sobre a legalização da eutanásia. A maior preocupação com esta questão complexa é a dos possíveis abusos a uma lei que permita ao ser humano controlar o fim da sua vida. ‘Morrer com dignidade’ é por enquanto um privilégio de poucos que podem aceder aos cuidados paliativos. Mas este conceito precisa de ser mais bem explicado. O que significa morrer com dignidade? Ray Gosling é um assassino ou apenas uma pessoa bem-intencionada?

26
Nov09

Rádio Blog: Pais divorciados e filhos

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Este fim-de-semana ficamos a conhecer os comentários- via telefone ou blogue- de todos sobre as redes sociais e a forma como alteraram, ou não, as relações entre as pessoas.

 

Com Carla Hilário Quevedo e Antonieta Lopes da Costa

6ªf, 27 de Novembro- 10.35/ 19.35

Domingo, 29 de Novembro- 18.35

 

Para os próximos dias já temos novo tema de discussão, proposto por Carla Hilário Quevedo em parceria com o jornal Metro. Os comentários podem ser feitos também através do 21.351.05.90 até às 16h da próxima 5ªf.

 

Pais divorciados e filhos

O mundo está cheio de histórias de casais que não se amam, não se entendem e têm filhos. Um dia divorciam-se e declaram guerra um ao outro. As crianças? Passam a viver um problema que não é delas e, a partir desse dia, a sua infância acabou. São, em muitos casos, instigadas a odiar o progenitor, que, segundo a mãe, os abandonou ou a revoltar-se contra a progenitora, que, segundo o pai, nunca quis saber deles para nada. A reportagem de Miriam Alves e Fernando Faria, intitulada «Filhos de pais em guerra», transmitida pela SIC, mostrou os efeitos assoladores de dois destes conflitos. Os filhos são usados nas batalhas parentais, nem sequer como pessoas preciosas para as vidas dos pais, mas como uma maneira de tentar estragar a vida do próximo. Num caso, era o pai que sofria; no outro, era a mãe que tinha sido expulsa da vida dos filhos. Tipicamente, as crianças foram massacradas com acusações sobre o pai ou a mãe ausentes de cena. O «superior interesse da criança» é depressa esquecido para dar lugar ao alegadamente gravíssimo problema do pai, que entretanto aliena a mãe da vida dos filhos e vice-versa. A paz das crianças não é tida em conta, embora seja com frequência um motivo referido por cada um como sendo o mais importante de todos. Esta é também uma guerra hipócrita, em que os filhos pouco ou nada contam a não ser como um meio para estragar a vida do próximo. Parece haver um aspecto nos litígios por causa da guarda dos filhos que fala mais alto e que não é resolvido por nenhuma mediação externa. Falo do egoísmo profundo dos adultos que manipulam as crianças, contam mentiras a respeito daquele que não está presente e causam sofrimento em quem é inocente. Alguns filhos sobrevivem melhor que outros: uns são capazes de recuperar ligações que julgavam perdidas, mas outros nunca mais voltam a ver os pais ou as mães que saíram da sua vida. Porque é que há pais que não poupam os filhos nos processos de divórcio? Como podem os tribunais ser mais eficazes nestas situações?

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