Toca trompete desde criança, integrou a Orquestra de Jazz de Matosinhos pouco depois da sua criação, no final da década de 90, e lançou no passado mês de Abril o seu primeiro disco enquanto líder- no qual assina a grande maioria das composições-, com um quinteto formado com José Pedro Coelho (saxofones), André Fernandes (guitarras), Demian Cabaud (contrabaixo) e Marcos Cavaleiro (bateria). Devil's Dress, em edição da TOAP, é o disco que hoje descobrimos, em conversa com Susana Santos Silva.
O novo disco de Nelson Cascais não estava previsto mas as composições que o contrabaixista escreveu nos últimos meses deram-lhe o ímpeto de gravar. The Golden Fish, lançado na 9ª Festa do Jazz do Teatro São Luiz, em edição da TOAP, revela toda a maturidade de Cascais como compositor e instrumentista, lado a lado com Matt Renzi (sax tenor), André Fernandes (guitarra), Óscar Graça (piano) e André Sousa Machado (bateria). Esta tarde descobrimos alguns dos temas de The Golden Fish à conversa com o contrabaixista.
As ciências, mais concretamente a física e a matemática, e a música andaram sempre a par na vida de Gonçalo Marques mas foi a música que acabou por se impor na vida do trompetista lisboeta. Depois da formação na Escola do Hot Clube e no Berklee College of Music, de Boston, Gonçalo Marques tem desenvolvido as suas ideias musicais com um trio, com Demian Cabaud (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria), que se juntou há cerca de quatro anos. Este ano, com um quarto convidado, o saxofonista tenor norte-americano Bill McHenry (n. 1972), o trio do trompetista gravou Da Vida e Da Morte dos Animais (TOAP), o primeiro disco de Marques enquanto líder e com as suas composições originais, e apresentou-o na Festa do Jazz do São Luiz, com McHenry. Conversa, esta tarde, com o trompetista e professor Gonçalo Marques.
É um dos nossos veteranos baixistas- dizemos "nossos" porque Yuri Daniel, nascido no Brasil, adoptou Portugal há largos anos e aqui tem desenvolvido parcerias com Maria João e Mário Laginha, Sérgio Godinho e José Mário Branco, Amélia Muge e Dulce Pontes, entre muitos outros músicos. Mas não só: Yuri Daniel integra, há vários anos, o grupo do saxofonista norueguês Jan Garbarek, com quem toca parte do ano. Até aqui mais confortável no papel de sideman, Yuri Daniel decidiu gravar finalmente a sua própria música no álbum South Way, lançado pela TOAP no início deste ano. Zé Maria (saxofone alto), Johannes Krieger (trompete, flugelhorn), Filipe Raposo (piano) e Vicky (bateria) acompanham o baixista, que hoje conhecemos.
Nasceu em Buenos Aires, estudou no Berklee College of Music e veio a Portugal, onde se apaixonou por Sintra. Acabou por ficar. Ao longo do seu percurso, o contrabaixista Demian Cabaud tem tocado com Joe Lovano, Gerald Cleaver, Francisco Mela, Bill Carrothers, Jorge Rossy, Nuno Ferreira, Afonso Pais, Jorge Reis, Pedro Moreira e André Matos, entre muitos outros músicos. Estreou-se em disco com Naranja (TOAP, 2008), com um colectivo estrangeiro, e lançou agora Ruínas (TOAP), o seu segundo álbum enquanto líder, no qual assina quase todas as composições. João Guimarães (sax alto), Zé Pedro Coelho (sax tenor) e Marcos Cavaleiro (bateria), membros da Orquestra de Jazz de Matosinhos, formam o novo 4teto do contrabaixista da Orquestra, que convidou ainda, para este seu segundo registo, o pianista argentino Leo Genovese e o guitarrista André Fernandes. Dois anos depois de Naranja, voltamos a receber Demian Cabaud para nos falar do que mudou na sua música.
Ao fim da tarde deste sábado, o Clube Ferroviário de Lisboa, junto ao Tejo, é palco para um concerto do baterista João Lencastre, que lançou recentemente o seu terceiro disco enquanto líder. Sound It Out, em edição da TOAP, tem as participações de David Binney e Ben VanGelder, Phil Grenadier, André Matos, Jacob Sacks e Thomas Morgan, e surge depois de One! e B-Sides, lançados pela espanhola Fresh Sounds, de Barcelona. Hoje, o baterista e compositor está ao vivo com André Matos (guitarra), Miguel Fernandez (saxofone) e Demian Cabaud (contrabaixo). Sábado, 28 de Agosto, às 18.30, no Terraço do Clube Ferroviário, R. de Santa Apolónia, 59, em Lisboa.
Abaixo um momento da sua participação no Out Jazz 2008, com Hugo Antunes e João Paulo Esteves da Silva.
O 4º Sines em Jazz encerra esta noite, depois dos concertos da cantora Joana Rios, que deu a conhecer, em finais de 2009, o seu terceiro disco, 3 Desejos, e do trio TGB- Tuba, Guitarra, Bateria, de Sérgio Carolino, Mário Delgado e Alexandre Frazão, com o repertório do seu recente Evil Things, ontem à noite. Hoje ouve-se Nelson Cascais com os temas de Guruka, o terceiro disco do contrabaixista e compositor, depois de Ciclope e Nine Stories, com selo da TOAP. O músico é acompanhado por Pedro Moreira (saxofone), André Fernandes (guitarra), João Paulo Esteves da Silva (piano) e Marcos Cavaleiro (bateria). Este sábado, 28, no Centro de Artes de Sines, a partir das 22h.
Abaixo, um dos temas de Guruka, na Festa do Jazz do São Luiz de 2007.
O segundo e último concerto da noite é dos Baba Mongol, colectivo formado por José Pedro Coelho (sax tenor, soprano), Rui Teixeira (sax barítono, clarinete baixo), Hugo Raro (piano), Filipe Teixeira (contrabaixo) e António Torres Pinto (bateria), integrando assim alguns dos músicos que tocam na Orquestra de Jazz de Matosinhos, entre outros projectos. Sábado, 28, no Centro de Artes de Sines, depois do grupo de Nelson Cascais. A jam session na Cafetaria do Castelo, a partir da meia-noite deste sábado, 28, encerra o Sines em Jazz 2010.
Neste início de ano continuamos à descoberta de discos lançados nos últimos meses de 2009 e esta tarde recebemos o guitarrista Bruno Santos, compositor do repertório gravado no primeiro disco do Septeto do Hot Club (Tone of a Pitch). Formado em 2001, o Septeto do Hot conta hoje com Bruno Santos (guitarra), João Moreira (trompete), Pedro Moreira (sax tenor), Claus Nymark (trombone), Rodrigo Gonçalves (piano e fender rhodes), BernardoMoreira (contrabaixo) e André de Sousa Machado (bateria), grupo ao qual se junta, nesta primeira gravação, o trombonista Luís Cunha.
Para além de celebrarmos este primeiro registo do Septeto, falamos também, e aproveitando o facto de Bruno Santos fazer parte da actual direcção do Hot Clube, das perspectivas futuras do Bar do Hot Clube, depois do incêndio do nº 39 da Praça da Alegria.
A 18ª edição do Guimarães Jazz tem início amanhã com a celebração dos 50 anos da edição de Kind of Blue. Um 6teto liderado pelo baterista Jimmy Cobb, que acompanhou Miles Davis nessa histórica sessão, mas também em gravações como Sketches of Spain, Someday my Prince Will Come e Porgy and Bess, entre outras, irá tocar as composições de Kind of Blue e outros temas assinados por Miles, Coltrane e "Cannonball" Adderley, para além de outros, originais do grupo e inspirados na época.
O pianista Hank Jones, outra figura histórica do jazz, demonstra a arte do trio (6ªf, 13), com o contrabaixista George Mraz e o baterista Carl Allen. Hank, irmão mais velho de Elvin e Thad Jones, tem, aos 91 anos, um percurso rico e diversificado no jazz: acompanhou Ella Fitzgerald, tocou com Charlie Parker no álbum Now's the Time, com Tony Williams e Al Foster, entre muitos outros, e, mais recentemente, com Joe Lovano e Roberta Gambarini.
No sábado, 14, sobem ao palco do Centro Cultural de Vila Flor três notáveis músicos liderados pelo saxofonista Branford Marsalis: Joey Calderazzo (piano), Eric Revis (contrabaixo) e o jovem baterista Justin Faulkner, que substitui Jeff "Tain" Watts, o quarto elemento de um quarteto que celebra, em 2009, 10 anos de existência.
A formação que vai estar ao vivo em Guimarães é a mesma que vemos no vídeo, filmado no clube Jazz Standard este ano. O regresso de Branford Marsalis a Portugal é uma excelente oportunidade para ver em acção o saxofonista que partilhou o palco com Miles Davis e Dizzy Gillespie, Art Blakey e Herbie Hancock, fundou a editora Marsalis Music, através da qual tem lançado discos de músicos como Miguel Zenón, Jimmy Cobb e Alvin Batiste, e concebeu ou interpretou música para as bandas sonoras de filmes como Mo' Better Blues e Do The Right Thing, de Spike Lee. Para além do seu 4teto, que apresentou este ano o álbum Metamorphosen, Branford Marsalis tem dedicado muito do seu tempo à música clássica.
O primeiro fim-de-semana do Guimarães Jazz 2009 termina com a parceria do Festival e da TOAP (Tone of a Pitch), mantida há vários anos, e através da qual se reúnem, num mesmo palco, músicos que por vezes nunca se cruzaram. Este ano ouvimos Ohad Talmor (saxofones), Bernardo Sassetti (piano), Demian Cabaud (contrabaixo) e Dan Weiss (bateria), num concerto que será gravado e posteriormene editado pela TOAP.
Todos os concertos têm início às 22h, no Centro Cultural Vila Flor de Guimarães.
Demian Cabaud começou a tocar contrabaixo há 8 anos. Pouco depois entrava na Berklee College of Music, em Boston, EUA, e foi aí que decidiu vir para Portugal. Ao longo dos 4 anos que tem vivido no nosso país, Cabaud tornou-se um sideman de Maria João e Mário Laginha, Vasco Agostinho, André Matos, João Lencastre, Afonso Pais, Carlos Martins e Gonçalo Marques, entre muitos outros, para além de integrar a secção rítmica da Orquestra de Jazz de Matosinhos. Nascido na Argentina, Demian Cabaud tem espírito de viajante mas veio para ficar. O seu primeiro disco, Naranja, de composições originais, foi editado no início deste ano pela Tone of a Pitch.
Com Mafalda Costa Sábado, 15- 19h/ Domingo, 16- 21h/ Segunda, 17- 20h