40 anos e 23 álbuns depois de Tim Hauser ter convertido a formação original dos Manhattan Transfer, o quarteto vocal norte-americano que hoje conhecemos, aclamado em todo o mundo, voltou a rumar a novos caminhos com The Chick Corea Songbook. O tributo dos Manhattan Transfer ao lendário pianista e compositor, lançado no ano passado, estava em projecto já desde a década de 1970. Esta semana em destaque nas nossas aberturas de hora, o trabalho conta com a participação do próprio Chick Corea. Além de versões vocais para alguns dos temas mais conhecidos do homenageado, o álbum apresenta ainda peças originais, servidas pelas vozes dos maiores mestres do vocalese na actualidade. Dos solos às harmonias vocais, Tim Hauser, Janis Siegel, Alan Paul e Cheryl Bentyne continuam a ser geniais referências na sua arte de criação, fusão e reinvenção. Para comprovar esta noite, à razão de dois temas por hora, colmatando o facto de este disco não conhecer até à data, infelizmente, edição nacional.

Ao redor das meias-horas, no habitual segundo destaque das nossas emissões semanais, fazemos uma retrospectiva da carreira de Keely Smith, com 12 das suas leituras para os maiores clássicos do cancioneiro norte-americano. À beira do 80º aniversário, a cantora tem vivido, ao longo dos últimos 15 anos, um interesse crescente pelo legado da sua carreira a solo, depois do enorme sucesso na década de 1950, ao lado – mas também demasiado à sombra - do seu ex-marido, Louis Prima: uma aliança que escondeu demasiado as qualidades da sua própria voz e estilo. Elvis Presley, Frank Sinatra e Tony Bennet foram seus admiradores confessos, à semelhança de nomes como Robert de Niro ou Martin Scorcese, que fizeram questão de incluir a voz de Keely Smith em várias das bandas sonoras dos filmes que assinaram juntos.

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Com Ricardo Belo de Morais

Sábado, 22 de Maio- das 20h às 24h

O trio Lambert, Hendricks & Ross faz, esta semana, o destaque de aberturas de hora da nossa emissão. Formado em 1957, pelos cantores Dave Lambert, Jon Hendricks e Annie Ross (os dois últimos ainda vivos e no activo), o trio rapidamente se transformou numa referência e chegou mesmo a ganhar, em 1962, com o álbum High Flying, um Grammy para Best Performance by a Vocal Group. Entre 1959 e 1963, foram também sucessivamente votados, pelos leitores da revista DownBeat, como melhor grupo vocal. Annie Ross abandonou o projecto ao fim de cinco anos, para prosseguir uma carreira a solo; e a morte de Dave Lambert, em 1966, inviabilizou uma muito sonhada reformação do trio - que fica para a História do Jazz como um dos expoentes máximos do ‘vocalese’.

Para as meias-horas, chamamos a destaque a voz de Jenny Evans, com «Lunar Tunes», o seu - até à data - mais recente álbum. Neste trabalho, a cantora e actriz inglesa, radicada em Munique, viaja por uma série de épocas e géneros, com a Lua como inspiração e pano de fundo, revisitando e reescrevendo, segundo padrões jazz, criações de compositores tão díspares quanto Glenn Miller, Dvorak, Erik Satie ou Sting.

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Com Ricardo Belo de Morais

Sábado, 6 de Março- das 20h às 24h